Salário do marido, pago com atraso, e 110 euros do abono dos menores deixam a família em dificuldades.
Estrela Carlos é mãe de três filhos - um de 9 anos e dois gémeos de 5 - e está à procura de emprego.
A família, de Carrazeda de Ansiães, sobrevive com os 600 euros do salário do marido e 110 euros de abono dos menores. "Muitas vezes só consigo pôr comida no prato porque muita gente me ajuda, mas há dias complicados, principalmente porque o meu marido deveria receber o ordenado até ao dia 8 de cada mês e nunca chega nesse prazo", desabafou.
O marido de Estrela é ajudante de trolha numa empresa de construção civil. A mulher vai aproveitando o trabalho agrícola nos campos - que não é constante. Num concelho com cinco mil habitantes, as ofertas de trabalho são escassas. Mas este não é o único problema que tem de enfrentar. "Há tempos, fui a uma entrevista de emprego, em Carrazeda de Ansiães, e quando eu referi que tinha três filhos, quem me estava a entrevistar disse logo para esquecer a oferta. Na minha opinião, deveria ser precisamente ao contrário, ou seja, por ter três filhos, deveriam pensar que eu preciso de os sustentar", explicou Estrela Carlos ao CM.
Os filhos, Rúben, Tiago e Lucas entram, todos os dias, no autocarro que os leva para mais um dia de escola, o que poderia ser um cenário normal, não fosse o lanche que levam ser oferecido por vizinhos e amigos da família. Sabem das dificuldades do casal e vão ajudando-o com a entrega de bens alimentares.
Estrela Carlos indica que é a solidariedade que tem apoiado esta família de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, que, com os rendimentos que aufere, por vezes nem a renda de casa em que habita consegue pagar.
Patrícia Moura Pinto
Correio da Manhã
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Entendo a situação da senhora, protagonista da notícia anunciada.
ResponderEliminarFaço votos que a sociedade brigantina, em geral, possam contribuir de algum modo para diminuir a triste realidade da senhora referida e seus filhos. Todos têm o direito de trabalhar e viver dignamente.
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Não sei como estão os preços no nordeste português (para se viver com os valores informados). Mas, eu gostaria de receber 600 Euros por mês!!!!Minha aposentadoria não vai além do equivalente a 500 Euros. A aposentadoria da minha mulher, mal chega a 100 Euros. Gostaria que alguém de Portugal também me oferecesse um trabalho remunerado, para compor (já que não é possível recompor), as perdas que tive nos últimos oito anos.Gostaria de trabalhar à distância,pois ir a Bragança é algo que, embora seja um de meus sonhos, mostra-se impossível de ser realizado.
Ai, como aqui, a dura realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!