Montalegre - Fernando Ribeiro |
1. Vidago
Estância termal de prestígio, Vidago foi no séc. XIX a preferida da corte portuguesa, sendo por isso considerada a “rainha das Termas”. O hotel das Termas, o Palace do Vidago, grandioso e elegante impõe-se no meio de um frondoso parque e conserva uma aura da “belle époque”.
Palácio de Vidago |
As águas de Vidago, frias e gasosas, são também apreciadas como águas de mesa, são engarrafadas e distribuídas para todo o país. Bastam apenas alguns minutos para chegar a Chaves, localidade de interesse histórico pelos seus monumentos e museus e de grande riqueza gastronómica.
2. Bragança
Bragança era já uma povoação importante no período de ocupação romana, tendo mesmo sido apelidada de “Juliobriga” e “Brigantia”, mas vestígios de ocupação anterior, no Paleolítico, foram também encontrados. O núcleo urbano medieval, murado e acastelado, no século XII, mantém-se na Cidadela, dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, edifício único na Península Ibérica de arquitectura Românica, com a forma de um pentágono irregular, construído no século XII, e a Torre da Princesa, um magnífico miradouro com vista para a cidade.
Bragança |
Bragança é, pois, uma bonita cidade histórica, com forte legado medieval, com muito para mostrar e contar, onde a tradição é acarinhada e continuada, como se pode observar nos variados trabalhos artesanais, de tecelagem, couro, burel, olaria, cestaria ou cobre, ou na típica e deliciosa Gastronomia transmontana.
3. Chaves
A bonita Cidade histórica de Chaves, sede de concelho, situa-se num vale fértil, junto ao Rio Tâmega e bem próxima da fronteira com Espanha. Desde tempos remotos que Chaves foi local de eleição de diferentes povos, encontrando-se vestígios de ocupação humana em tempos Paleolíticos, e posteriormente tendo sido povoada por Suevos, Visigodos, Mouros e, claro, Romanos cujo imperador Flávio Vespasiano a apelidou de “Aquae Flaviae”, reconhecendo a qualidade das nascentes termais, com propriedades curativas, sendo mesmo as mais quentes da Europa (cerca de 73ºC), ainda muito aclamadas nos dias de hoje.
Chaves – Fernando Ribeiro |
Com uma beleza natural grandiosa, Chaves apresenta inúmeros pontos interessantes, com um Centro Histórico digno de relevo, com a bonita Praça Camões, apresenta igualmente um forte cariz religioso com diversos templos por todo o município, como as Igrejas de Santa Maria Maior, de São João de Deus (século XVIII), a da Misericórdia (século XVII), a de Nossa Senhora do Rosário (situada no Forte de São Francisco) e as Capelas de Santa Catarina, a de Nossa Senhora do Loreto (também conhecida por Senhora da Cabeça, século XVII)), a barroca Nossa Senhora da Lapa, a de Nossa Senhora das Brotas (no Forte de S.Neutel), a da Senhora do Pópulo (em Santo Amaro, século XVI) ou a de São Roque, na Madalena, século XVII, entre tantos outros santuários que pululam esta região.
4. Vilarinho de Negrões
Na margem sul da Albufeira do Alto Rabagão encontra-se Vilarinho de Negrões, uma das aldeias mais pitorescas de toda a região, pelo seu casario ainda relativamente preservado e, acima de tudo, por se encontrar sobre uma estreita e bela península – um pedacinho de terra poupado à subida das águas. Vilarinho de Negrões é assim uma terra que se vê diariamente ao espelho e se distingue à distância pela sua perfeita simetria, uma espécie de Jardim do Éden português. Perto, situa-se a freguesia de Negrões, alma gémea, que possui um forno todo em granito.
Vilarinho de Negrões |
É um monumento a contrastar com canastros esguios, onde o milho e o centeio se conservam. Prepare-se, a região do Barroso é diferente de tudo aquilo que alguma vez já viu! Na calma da manhã é possível observar alguns mergulhões de crista e outras aves aquáticas que aqui costumam passar o Inverno, fugindo aos rigores das latitudes mais a norte; à medida que os primeiros raios de sol vão levantando, o nevoeiro e os vizinhos humanos começam a acordar, afastam-se para uma pequena ilhota deserta formada por um enorme penedo.
5. Mirandela
Mirandela é uma bonita cidade situada nas margens do rio Tua, pertencente ao distrito de Bragança, na região norte de Portugal. Em Mirandela estão dos melhores valores arquitectónicos do concelho, como o Palácio dos Távoras, imponente construção nobre reedificada no século XVII, o Palácio dos Condes de Vinhais.
Mirandela |
De referir ainda a cerca amuralhada da qual resta apenas a Porta de Sto. António, a ponte velha, que continua a constituir uma incógnita quanto à data de construção e que constituem valores patrimoniais e a cultura de um povo. Por todo o concelho também há vestígios de povoamentos pré-históricos, bem documentados por monumentos megalíticos e diversos castros. Em Mirandela nasceu ainda o conceito de cidade jardim. O culto da flor invadiu todos os espaços. Milhares de belas flores estendem-se por uma cidade inteira que vale a pena visitar.
6. Rio de Onor
A aldeia de Rio de Onor está inserida no Parque Natural de Montesinho, concelho de Bragança, sendo atravessada pela fronteira com Espanha. De um lado, Rio de Onor, do outro, Rihonor de Castilla. Esta aldeia comunitária é uma das mais bem preservadas do Parque Natural de Montesinho, com casas típicas serranas em xisto com varandas alpendradas, muito bem recuperadas. Goze momentos de pleno repouso ficando alojado numa unidade de turismo, ou no parque de campismo de Rio de Onor.
Rio de Onor |
A aldeia raiana é atravessada pelo rio Onor, também conhecido como rio Contensa, e a sua praia fluvial convida a momentos de descanso, junto às águas límpidas do rio! Em rio de Onor, descubra a Ponte Romana, a Igreja Matriz, o forno, a forja e os moinhos comunitários. Aventure-se na descoberta da beleza natural desta região percorrendo o Roteiro da Baixa Lombada e Onor, que atravessa as aldeias de Baçal, Sacoias, Aveleda e Varge. O artesanato típico da aldeia engloba peças de cestaria e carpintaria e na gastronomia destacam-se os saborosos enchidos.
7. Montesinho
Montesinho é uma aldeia típica transmontana, situada nos contrafortes da Serra de Montesinho, a cerca de 1000 metros de altitude, em pleno Parque Natural de Montesinho. Deixe que a serenidade desta aldeia o seduza e passe uns dias instalado numa das casas adaptadas para turismo, em granito, com telhados em lousa e varandas em madeira, abertas para a serra!
Montesinho |
Caminhe pelas ruas da aldeia, calcetadas e bem cuidadas, e descubra a Igreja de Montesinho, o Núcleo Interpretativo de Montesinho e o Museu instalado numa casa típica transmontana, onde poderá conhecer a caracterização geológica de Montesinho e os modos de vida tradicionais desta “aldeia preservada”.
8. Gimonde
Situada no concelho de Bragança, Gimonde oferece a quem o visita o melhor e o mais genuíno da terra fria transmontana, sempre com o calor humano e a arte de bem receber dos seus habitantes. As paisagens soberbas, a riqueza patrimonial e o pitoresco do quotidiano rural fazem de Gimonde o sítio ideal para uma escapadela de fim-de-semana ou férias, em total comunhão com a natureza. A Ponte de Gimonde, também referida como Ponte Velha, localiza-se sobre o rio Malara, na altura de Gimonde, no concelho de Bragança, distrito de mesmo nome, em Portugal.
Gimonde (Bragança) |
Trata-se de uma antiga ponte romana. A sua estrutura original foi alterada ao longo dos séculos, nomeadamente durante a Idade Média, período em que se incluem os seis arcos de meio-ponto, com talhamares a montante e a jusante. Com as fundações assentes num maciço rochoso de xisto, tanto as guardas da ponte como a sua superestrutura foram construídas com a mesma pedra. Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1990.
9. Miranda do Douro
Cidade Portuguesa, sede de concelho, situada em Trás-os-Montes, na margem direita do Rio Douro, em plena fronteira com Espanha, num terreno montanhoso e árido, que possibilita magnificas paisagens, rodeada pelo inigualável Parque Natural do Douro Internacional. Com vestígios de presença humana desde remotos tempos, Miranda tem fortes raízes celtas e foi mesmo ocupada pelos Romanos.
Miranda do Douro – Rui Videira |
Situada numa região árida e de difíceis acessos durante muitos anos, a região de Miranda do Douro soube preservar as suas tradições e modos de vida num mundo cada vez mais desenvolvido. Testemunho disso é a própria língua, o Mirandês, património único na região, que tem sobrevivido à passagem do tempo incólume. De facto, todas as tradições são ainda hoje acarinhadas e mantidas na região, como é o caso do colorido folclore, com a famosa dança dos paus, dos Pauliteiros de Miranda, com o seu típico trajo de saias, acompanhada pelo toque da gaita de foles, uma herança da ocupação celta da região na Idade do Ferro.
10. Montalegre
Em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, esta região oferece deslumbrantes paisagens, em que a Natureza ainda conserva todo o seu encanto. A vila de Montalegre é dominada pelo castelo construído no séc. XIII sobre restos de uma fortificação mais antiga, o que demonstra a importância deste local como ponto estratégico de defesa do território.
Montalegre |
Nas redondezas, junto à típica aldeia comunitária de Pitões das Júnias, o pequeno e curioso Mosteiro de Santa Maria das Júnias, hoje em ruínas pertenceu à Ordem de Cister (sécs. XIII-XIV). Sob o ponto de vista gastronómico, Montalegre é famosa pela produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias.
Vortex Magazine
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