“Os transmontanos querem uma mudança: o comboio. E têm sobretudo uma noção dos recursos e do potencial que Trás-os-Montes possui. Eu estou convencido que é inconcebível que a região Trás-os-Montes passe a ser, definitivamente, a única que não tem caminho-de-ferro, porque nós sabemos que todo o futuro passa pelo transporte público e o caminho-de-ferro tem um papel fundamental”, referiu Videira Félix, natural de Amieiro, e um dos fundadores deste movimento.
O Tua’s em Movimento não acredita no plano de mobilidade da linha do Tua.
“Se o plano de mobilidade tivesse que ir para a frente, já tinha ido. Aquele comboio parece um brinquedo, quando nós tínhamos automotoras a restaurar e foram para o Peru e para a Suíça. Houve automotoras do Tua que foram daqui vendidas, foram dadas. Enquanto que, se fossem restauradas, podiam ter sido aproveitadas”, explicou outro dos fundadores, Nello Borges Carneiro, natural de Vieiro, no concelho de Vila Flor.
Este membro do Tua’s em Movimento não percebe como é possível haver um desinvestimento na via-férrea, em contra ciclo com o que diz estar a acontecer no resto da Europa.
“O carril vai se liberalizar. A comunidade Europeia está a dar dinheiro a Portugal para investir no carril. Porque é que não investem no carril? Na Europa toda, todo o carril foi transformado. O melhor transporte público no passado, presente e futuro será sempre o comboio”, afirmou.
Algumas das ideias defendidas pelo Tua´s, um novo movimento cívico que espera ser oficializado, esta hoje, ao final da tarde, em Abreiro, no concelho de Mirandela, para onde está a convocar as populações ribeirinhas do Tua para a aprovação dos estatutos e eleição de uma direcção.
Escrito por Terra Quente
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