quarta-feira, 27 de novembro de 2019

IPB cria programa de voluntariado que dá créditos académicos

O Instituto Politécnico de Bragança lançou, ontem, um programa de voluntariado, dirigido aos alunos e a toda a comunidade educativa que se queira envolver.
O objectivo é ajudar quem mais precisa e também reforçar o impacto social do politécnico na região, por isso conta com várias entidades locais associadas. Segundo o presidente da instituição, Orlando Rodrigues, além de se levar a solidariedade fora de portas, o projecto também servirá para identificar os estudantes do IPB que mais necessitem de ajuda.

“É um enorme potencial para promovermos o voluntariado enquanto prática que promove a formação integral de jovens, os valores de tolerância, de multiculturalidade, da solidariedade, que ajuda a formar os alunos, mas para além do impacto externo, na região, também vai ter impacto interno, criando mecanismos  de apoio social aos alunos que por outra via não conseguiriam ter”, afirmou.

A participação no programa de voluntariado será reconhecida como formação.

“O envolvimento numa actividade de voluntariado equivale a uma disciplina, em função do número de horas e do esforço que o aluno dedique ao trabalho de voluntariado vamos reconhecer isso como formação e podemos substituir parte dos créditos por este trabalho de voluntariado”, acrescentou Orlando Rodrigues.

No âmbito do projecto, o politécnico celebrou protocolos com 12 instituições da região, ligadas à solidariedade, cultura, protecção animal e ambiente. Conforme o padre Fernando Calado, da capelania do IPB e um dos responsáveis pelo projecto, pretende-se estender e organizar as actividades de voluntariado.

“Havia diversas iniciativas desgarradas e agora procuramos reuni-las e organizá-las. O voluntariado estava muito ligado a IPSS e queremos estendê-lo às instituições culturais, ambientais e de proteção animal e estamos a estudar outros campos”, esclareceu.

Os alunos que precisem podem dirigir-se aos bancos de roupa e alimentos, que serão criados, fora do campus do politécnico. Segundo Fernando Calado, pretende-se que os estudantes ajudem a identificar casos entre os colegas mas há carências nas várias comunidades, quer na nacional quer nas estrangeiras.

“Temos alguns casos nacionais identificados e que estão a ser apoiados, temos alguns casos entre alunos africanos que passam algumas dificuldades e preocupa-nos aqueles que ainda não identificamos”, refere.

No âmbito de programas anteriores, o instituto já tem mais de cinquenta alunos a fazer voluntariado permanente. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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