sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Lítio, o petróleo branco de Portugal

Explorar o lítio em larga escala. Sim ou não? Portugal tem oito zonas identificadas onde a prospeção mineira pode ser feita. O lítio é um metal com futuro, já que serve para alimentar baterias, um mercado em crescimento, mas os cuidados estão a ser medidos à luz da sustentabilidade ambiental.
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Montalegre e Serra d´Arga, no norte de Portugal, são duas zonas potenciais para a exploração de lítio. Os geólogos alertam para os impactos ambientais, uma vez que a exploração das rochas pegmatíticas pode levar à acidificação da água e do ar.

A exploração de lítio em larga escala é vista como uma oportunidade económica para Portugal, dado o crescimento da indústria de baterias. Mas a extração mineira, que ao que tudo indica será feita a céu aberto, tem sido contestada tanto por populações residentes como por grupos ambientalistas que receiam os prejuízos.

O lítio (LI) é um metal alcalino, pouco denso, que flutua. É de consistência macia, o que permite que seja literalmente cortado à faca. Tem cerca de metade da densidade da água e foi gerado no Big Bang, juntamente com o hidrogénio e o hélio.

Podemos encontrar lítio nos equipamentos eletrónicos portáteis, mas é com a potenciação da indústria dos carros eléctricos que este metal está a dar nas vistas e é olhado por muitos como “o petróleo do século XXI”.

Portugal é o quinto maior produtor mundial, embora as grandes reservas – 75% do total – se encontrem na América Latina (Chile, Argentina e Bolívia) onde o lítio é extraído de lagos salgados.

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