A candidatura, que está a ser ultimada abrange 31 festas portuguesas e 20 de Espanha, de Trás-os-Montes, Salamanca e Zamora. O vice-presidente do Zasnet, Hernâni Dias, explicou que é pelo lado português que o processo está atrasado.
“Fizemos já os contactos com a Direcção Geral do Património no sentido de poder emitir um parecer, para que a candidatura possa avançar para a UNESCO. Já se fez o pedido e ainda não obtivemos resposta. Creio ser necessário reforçar a necessidade de a DGPC emitir um parecer favorável para que a candidatura possa seguir para a UNESCO. Em Espanha está tudo tratado já, falto do lado português”, afirmou.
Maria Diaz, da empresa espanhola responsável por realizar a candidatura, tem esperança que o processo seja mais rápido por se tratar de uma candidatura bi-nacional.
“Em Portugal, há uma lei que não permite apresentar a candidatura à UNESCO sem estar encerrado o registo do inventário nacional, a partir desse momento já poderá ser apresentado. E depois é preciso ver a situação da UNESCO Portugal e ver se há candidaturas bi ou multinacionais, às quais a UNESCO dá prioridade”, explicou.
Nem só a espera pela resposta da Direcção Geral do Património Cultural portuguesa é o problema. Ana Carvalho, directora do Zasnet, explica que “a lista de espera da UNESCO também é grande” e “há timmings a cumprir”.
António Tiza, presidente da Academia Ibérica da Máscara, sublinha que as festas com máscaras têm, nesta região, um peso muito importante e, nos locais em que se mantêm ou foram recuperadas, não se põe sequer em causa que a tradição não se cumpra.
“Elas fazem arte da sua vida como qualquer outra festa, só se houvesse uma grande catástrofe é que deixariam de se realizar”, afirmou.
A primeira versão da proposta havia sido entregue em Junho, à Direcção Geral de Património Cultural portuguesa e à homóloga espanhola, da Junta de Castilla y León. Caso fosse aprovada, previa-se que fosse enviada à UNESCO até ao final do mês passado. Estes esclarecimentos foram dados numa sessão sobre máscaras e rituais de inverno, no âmbito da IX Bienal da Mácara – MASCARARTE, em Bragança.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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