sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Mais de 900 alunos de Macedo estão hoje sem aulas devido à greve da função pública

Por Macedo, 900 alunos da Escola Básica e Secundária de Macedo de Cavaleiros estão hoje sem aulas devido à greve dos trabalhadores da função pública.
Paulo Dias, diretor do Agrupamento de Escolas da cidade, deixa saber que os estudantes do 3º ao 12º anos foram mandados para casa esta manhã:

“Tivemos que passar a informação quer aos pais quer aos formadores de que os alunos do 3º ao 12º ano não têm aulas porque a esmagadora maioria dos funcionários não apareceram nos postos de trabalho. Mais de 900 alunos estão sem aulas. No polo 1 há apenas uma turma sem aulas, o resto está a funcionar.”

Apesar de os alunos dos 2º e 3º ciclos e ensino secundário à sexta-feira só terem aulas de manhã, o diretor diz que estas paralisações prejudicam sempre os alunos, principalmente numa fase de início de período:

“Há sempre prejuízo até porque este ano já será o quarto dia em que temos de suspender a atividade letiva por falta de funcionários devido à greve. No caso do 1º ciclo o impacto acaba por ser maior, no entanto estava prevista a ida dos alunos à Feira da Caça, o que significa que em termos de aulas acaba por não ter muito prejuízo.” 

Escolas fechadas, centros de saúde e hospitais com serviços mínimos, tribunais a meio gás e lixo por recolher são apenas alguns dos reflexos deste dia de greve convocada pelos sindicatos da função pública para esta sexta-feira.

Os trabalhadores do Estado estão em protesto contra os aumentos salariais de 0,3% previstos no Orçamento do Estado para 2020.

José Abraão dirigente da Federação dos Sindicatos da Administração Pública – FESAP refere que a atualização salarial proposta pelo Governo “é ridícula” não sendo aceite pelos trabalhadores. José Abraão espera que a proposta seja revista antes da aprovação final do Orçamento de Estado:

“Os trabalhadores da administração pública sem aumentos salariais, dez anos depois estão cansados, por isso protestam. A adesão é significativa nas escolas de Norte a Sul do país. No caso da saúde há consultas adiadas, cirurgias e também a justiça e câmaras municipais foram afetadas. Esperamos que o Governo repense e venha a considerar que tem de haver mais margem. Queremos condições para negociação.” 

Os trabalhadores estão hoje em greve mesmo sabendo que no próximo dia 10 de fevereiro está marcada uma nova ronda negocial entre os sindicatos e o Governo.

Escrito por ONDA LIVRE E UNIVERSIDADE FM

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