No distrito de Bragança foram identificados nove castelos, sendo eles os de Vinhais, Bragança, Outeiro, Vimioso, Algoso, Miranda do Douro, Mogadouro, Pena Róias e Freixo de Espada à Cinta. O programa “Dinamizar Fortalezas”, passa por requalificar as fortificações em que seja necessária alguma intervenção e deixá-las ao serviço do desenvolvimento regional, podendo criar emprego e gerar riqueza, tornando-as novos recursos turísticos. “Trata-se de inventariar os activos e, por outro lado, ter linhas específicas de financiamento que permita aos municípios alavancar actividade turística nesses mesmos activos e permitir que o turista tenha uma experiência empática e interactiva”, explicou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, ontem, na apresentação do projecto em Freixo de Espada à Cinta
O financiamento para o projecto ainda não está decidido uma vez que não está terminado o processo de identificação das necessidades de obra nas fortalezas e a verificação das condições de visitação.
O castelo de Freixo de Espada à Cinta, um dos que integra as fortalezas do distrito, já está a ser alvo de intervenção. Vão ser reerguidas quatro torres e junto ao perímetro das muralhas vai surgir uma área visitável, dando destaque à importância do castelo. O orçamento é de 1,9 milhões de euros e a candidatura para as obras foi efectuada a fundos comunitários através do Programa Norte 2020. Maria do Céu Quintas, presidente da câmara de Freixo, sublinha que o programa trará grandes benefícios ao concelho.
“Acho que as pessoas têm que começar a ver este centro histórico de uma outra forma, porque vai ser muito bom para quem queira investir neste espaço. Depois de termos a obra do castelo feita, com os turistas que aqui passam, depois de estar requalificada aquela zona, vai ser muito bom”, acrescentou.
A primeira fase do programa compreende 62 fortificações estudadas e desenhadas por Duarte D'Armas – escudeiro do rei D. Manuel – no Livro das Fortalezas, no século XVI, às quais acrescerão, mais tarde, outras, com data de construção posterior, também na linha de fronteira. A ideia principal passa por tornar as regiões, em que as fortalezas se inserem, mais atractivas enquanto destinos turísticos, gerando riqueza, criando postos de trabalho e novas dinâmicas económicas.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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