Trazmontes NELSON GARRIDO |
Ângela Ramos e Anabela Guerreiro não são irmãs biológicas mas, garantem, é como se fossem. Ambas com 43 anos, conhecem-se desde o 7.º ano da escola básica e licenciaram-se juntas no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), no mesmo distrito onde abriram uma agência de contabilidade, em 2005. A Trazmontes, uma espécie de híbrido de mercearia e cafetaria com traços de restaurante, com um menu “composto por coisas que podem ser provadas na hora ou levadas para casa”, foi inaugurada pelas duas em Dezembro de 2019, com ajuda na gestão da casa por parte de Elza Alves – que trabalhou na agência de Ângela e Anabela até se mudar para o Porto, há pouco mais de um ano. A ideia passa por mostrar que comida transmontana “não é só alheira de Mirandela e castanha”.
Depois de tomarmos nota da variedade que marca as prateleiras no átrio de entrada, temos dificuldade em discordar. Mas antes de lançarmos um olhar sobre o menu, é o ambiente que nos prende. Se Anabela conta que “quem vem de Trás-os-Montes sente que está em casa”, não é só por causa dos pastéis de Chaves ou da alheira. E também não é só por causa das paredes de pedra, que sugerem um cenário tipicamente rural.
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