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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
Porto: esta loja guarda vários tesouros de Trás-os-Montes
Numa antiga ourivesaria, de que resta o cofre, está agora uma loja de artigos transmontanos com vertente de degustação. Na nova Trazmontes há petiscos feitos com os produtos da casa, covilhetes de Vila Real, pastéis de Chaves e uma mala “Chanel" regional.
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Rui Reis e Elza Alves, da nova Trazmontes, dedicada aos produtos transmontanos. Fotografia: Artur Machado/Global Imagens |
Artigos selecionados, vindos sobretudo de Chaves, Montalegre, Valpaços e Mirandela, recheiam as prateleiras da Trazmontes, uma loja de produtos transmontanos, com vertente de degustação, nascida no lugar de uma antiga ourivesaria, na Rua do Bonjardim. O velho cofre ainda é visível por trás do balcão de onde espreitam covilhetes de Vila Real, pastéis de Chaves e, inspirados nestes últimos, mas em versão vegetariana, toscos do campo.
A Trazmontes tem grande diversidade de artigos para comer e beber: fumeiro, queijos, azeites, vinhos, uma cerveja artesanal feita com mel biológico, em Montalegre, bolos, compotas, marmeladas de amora e de framboesa e alguns produtos a granel, como grão, feijão ou nozes. Isto só na primeira sala, que acolhe a mercearia. Porque a seguir há um espaço onde se pode saborear praticamente tudo o que está à venda. “Do menu, só a rúcula é que compramos. É uma maneira de mostrar que confiamos nos produtos”, explica a gerente, Elza Alves.
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Fotografias: Artur Machado/Global Imagens |
Na sala de refeições, com cerca de 20 lugares, são servidos petiscos e tostas de cogumelos, azeite, tomate seco e rúcula; ou de alheira, queijo e tomate desidratado, entre outras. E, para acompanhar, vinhos, chás ou infusões. O amarelo das paredes torna ainda mais acolhedor o espaço, elegantemente decorado com elementos que remetem para o mundo rural, como louças, mantas ou uma roda de carroça.
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Fotografias: Artur Machado/Global Imagens |
A Trazmontes abriu no início de dezembro, muito por conta de uma mudança que Elza Alves decidiu fazer na sua vida. Ela, que trabalhava como escriturária num gabinete de contabilidade, em Chaves, a sua terra de origem, decidiu mudar-se para o Porto e pensou: porque não levar também a comida e os vinhos de Trás-os-Montes, que “são fantásticos”?
Essa ideia de partilhar os sabores e aromas do “reino maravilhoso”, na expressão de Miguel Torga, avançou graças a uma conjugação de vontades – sua; de Rui Reis, amigo de longa data que se ocupa da confeção; e de Anabela Guerreiro e Ângela Ramos, responsáveis pelo referido escritório de contabilidade e proprietárias da Trazmontes.
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Tosta de alheira, queijo e tomate desidratado. Fotografia: Artur Machado/Global Imagens |
“Este projeto é baseado na amizade”, conta Elza, na loja forrada com pedra, madeira, corda e imagens a preto e branco da região transmontana. Afinal, os quatro envolvidos são de Chaves, de onde vêm, ainda, cestas de comer com os olhos. “A fornecedora chama-lhe a Chanel transmontana”, remata a gerente, com um sorriso.
Pão de Gimonde
Se no início o pão transmontano só estava disponível à sexta, agora pode ser comprado todos os dias. É pão de Gimonde, em Bragança, pesa 500 gramas e custa 2 euros. Convém reservar.
Carina Fonseca
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