sábado, 21 de março de 2020

A AGUARDAR

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")



Dependurada no tempo,
Alheia ao passar dos dias
Com uma dor saída,
Do ventre parida,
do meu corpo frágil
Gazela selvagem
Enclausurada em muros de silêncio!
Olho as entranhas das arvores´
A profundeza dos mares
A lonjura do céu,
Nesta primavera feita miragem
Vivo prisioneira da esperança.
Escorrem-me as horas das mãos
ensaio no peito uma dor respirada´
E adormeço cansada,
De nada fazer,
De tanto desejar,
de tudo temer
de nada conseguir,
Sem nada poder fazer!
O fantasma do medo,
mata a poesia
Destrói a beleza da vida
Semeia o flagelo
Tolhe-me o gesto nas mãos
Grafita nos muros da cidade
A ausência de beijos e abraços
O aconchego de amigos e irmãos!
Pintam-se arco-íris de esperança
Para lavar o medo de morrer
Para depois da tempestade…
Colher alegria em prados de flores,
Em montes e jardins de bonança.

Maria da Conceição Marques, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.


Participei nas colectâneas:
POEMA-ME
POETAS DE HOJE
SONS DE POETAS
A LAGOA E A POESIA
A LAGOA O MAR E EU
PALAVRAS DE VELUDO
APENAS SAUDADE
UM GRITO À POBREZA
CONTAS-ME UMA HISTÓRIA
RETRATO DE MIM.
ECLÉTICA I
ECLÉTICA II
5 SENTIDOS
REUNIR ESCRITAS É POSSÍVEL – Projecto da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina
Livros editados:
-O ROSEIRAL DOS SENTIDOS
-SUSPIROS LUNARES
-DELÍRIOS DE UMA PAIXÃO
-ENTRE CÉU E O MAR
-UMA ETERNA MARGARIDA

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