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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 2 de março de 2020

Interior vê a luz ao fundo do túnel


A valorização do Interior está finalmente a ser posta em prática. 

A região do Interior entrou, de facto, para a agenda do Governo. Depois de largos anos a ser utilizado, por outros governos, unicamente como uma mera ‘semântica política’, o Interior está a merecer a atenção dos nossos governantes, que assumiram uma ação mais próxima e descentralizada. A realização do conselho de ministros, na semana passada em Bragança, veio, efetivamente, reforçar a ideia de que viver no Interior pode e deve ser vantajoso. A fixação e atração de jovens, a criação de emprego, os incentivos aos empresários e a melhoria das acessibilidades (medidas que ao longo dos anos serviram única e exclusivamente para preencher manifestos eleitorais) estão, agora, a ser postas em prática. Tornaram-se finalmente uma realidade. 

Atualmente, o governo está a promover uma série de programas, como o “Conhecer Portugal”, “Trabalhar no Interior”, “Habitar no Interior” ou “Regressar”, que congregam um conjunto de medidas que têm como objetivo potenciar o desenvolvimento da nossa região, tornando-a, sem dúvida, mais competitiva e atrativa. E isso, coloca definitivamente o Interior numa agenda de ações e não numa agenda utópica ou onírica. 

Enquanto transmontano, fico extremamente agradado em saber que uma série de setores, desde a saúde à agricultura, foram alvo de atenção e avaliação no distrito de Bragança. Quer os problemas, quer as soluções identificam-se no terreno, junto das populações. Para o Interior, estão a ser investidos 5 milhões de euros (1500 bolsas) para incentivar os estudantes (de fora) a frequentarem o nosso ensino superior; as famílias do Litoral podem receber até 4800 euros se decidirem vir viver para a nossa região; existe um investimento de 648 milhões de euros para criar mais de dois mil postos de trabalho e, finalmente, as portagens das autoestradas do Interior vão ter descontos, o que incentiva a mobilidade de pessoas na nossa região.

Naturalmente que reivindico, enquanto transmontano, mais medidas de valorização do Interior, sobretudo medidas concretas que permitam criar emprego qualificado, uma vez que só com a criação de postos de trabalho é que somos capazes de fixar e atrair pessoas. Mas, acredito que mais que atrair pessoas para o Interior, importa valorizar os que não desistiram e que diariamente continuam a lutar por uma região mais sustentável e economicamente mais fortalecida. Por isso, urge continuar a apostar em fortes incentivos às empresas para que possam emprego e que contratar no Interior. Os descontos nas portagens, ainda que positivos, revelam-se insuficientes. Ter descontos só a partir do oitavo dia não se justifica, uma vez que é uma medida que não se aplica a todos. Contudo, admito que os descontos impostos possam ser um primeiro passo para a erradicação completa, a longo prazo, das SCUTS. Ainda assim, uma pessoa que vá de Chaves a Vila Real diariamente pode usufruir de uma poupança anual de quase 600 euros, o que não deixa de ser significativo. 

Para terminar, independentemente da identidade partidária de cada um, não podemos ignorar este conjunto de ações. Talvez estejamos, agora, a ver uma luz ao fundo do túnel que é tão precisa e urgente. 

João Pedro Baptista

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