A decisão foi tomada no seguimento do encerramento das escolas devido ao surto da Covid-19, visto que agora não há alunos para transportar. Eduardo Madureira, um dos empresários com transporte escolar, não esperava que o contrato fosse cancelado.
“Estivemos quase um mês à espera de uma comunicação por parte da câmara e chegou ontem a dizer que o contrato estava cancelado e que não havia nenhuma indemnização. Tive muitas despesas para conseguir concorrer ao concurso lançado pela câmara, agora fiquei sem nada, depois de todo o investimento. Não trabalhamos, mas as despesas são as mesmas. Não há escola, nós deixemos de receber, mas os nossos filhos estão em casa e nós temos que continuar a pagar às escolas”, salientou. Também Luís Mário, gerente da empresa que maior percurso escolar fazia, pensava que o contrato não viria a ser cancelado. Para além do transporte escolar fazia transporte ocasional. Com a pandemia estima que irá perder perto de 30 mil euros durante os próximos meses.
“É uma perda enorme, as despesas continuam para pagar, tinha os serviços ocasionais que foram cancelados todos também. Espero que não seja necessário tomar outras atitudes. Já entrei em lay-off para não ter que despedir ninguém”, disse o empresário, que tem dez funcionários.
Com o encerramento das escolas, o transporte deixou de ser feito a partir de Março, mas só um mês depois a câmara de Bragança informou os empresários do cancelamento do contrato. Contactado o autarca brigantino, Hernâni Dias, disse “não ter informações” a dar sobre o assunto.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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