Estratégia Farm to Fork da CE quer criar sistema alimentar justo, saudável e ecológico

A Estratégia Farm to Fork, apresentada pela Comissão Europeia (CE) no dia 20 de maio, é a pedra basilar do Pacto Verde Europeu e tem como objetivo tornar os sistemas alimentares na Europa justos, saudáveis ​​e ecológicos.

A CE pretende redesenhar os nossos sistemas alimentares, que hoje representam quase um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa, consomem grandes quantidades de recursos naturais, resultam em perda de biodiversidade e geram impactos negativos na saúde (devido à sub e/ou supernutrição) e não permitem retornos económicos justos e meios de subsistência para todos os intervenientes, em particular para os produtores primários.

É por isso que a Estratégia Farm to Fork quer acelerar a transição para um sistema alimentar justo, saudável e ecológico, ao implementar um conjunto de medidas que permitam: gerar um impacto ambiental neutro ou positivo; ajudar a mitigar as mudanças climáticas e a adaptar-se aos seus impactos; reverter a perda de biodiversidade; garantir a segurança alimentar, a nutrição e promover a saúde pública, assegurando que todos tenham acesso a alimentos suficientes, seguros, nutritivos e sustentáveis; preservar a acessibilidade dos alimentos, gerando retornos económicos mais justos e promovendo a competitividade do setor de suprimentos da União Europeia (UE), bem como o comércio justo.

A Estratégia define também iniciativas regulamentares e não regulamentares, com as políticas agrícolas e pesqueiras comuns como ferramentas essenciais para apoiar uma transição justa.

A Farm to Fork, a par com a Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030, são os dois pilares que visam, no âmbito do Pacto Verde Europeu, fazer alterações efetivas na forma como a sociedade está organizada para que seja possível viver num planeta sustentável e viável para todos. É preciso passar das palavras aos atos.

A Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural implementa várias ações na área da agricultura biológica e sustentável que já são e continuarão a ser um contributo fundamental para a criação de sistemas alimentares mais ecológicos, saudáveis e justos, nomeadamente a criação de pastagens permanentes biodiversas, a preservação e cultivo de variedades de sementes tradicionais, a conservação dos solos e o adubo biológico. 

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