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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 9 de maio de 2020

Pequenos produtores de Bragança queixam-se da demora na abertura de mercados

Uma grande fila de pessoas para entrar marcou a reabertura do mercado de produtos da terra de Bragança, esta sexta-feira. As novas regras de funcionamento apenas permitem um número reduzido de clientes no espaço, obrigando os interessados a esperar na rua.
Foto: Glória Lopes - JN
O mercado ao ar livre, mas coberto, tem capacidade para 80 comerciantes mas apenas 40 estão instalados e ansiosos por fazer algum dinheiro depois de quase dois meses a zeros. Tanto do lado dos que vendem como dos que compram, a opinião era só uma: os pequenos mercados/feiras ao ar livre não deviam ter encerrado.

"As grandes superfícies ficaram abertas e o pequeno produtor teve que fechar. Neste caso, há muitas condições de segurança, espaçamento entre as pessoas, entre comerciantes, o local e amplo e arejado", explicou Luís Silvestre, cliente que já estava à espera há mais de meia hora. "Não me importo. É um mal menor", explicou. Por oposição, Adelina, idosa, a quem já custa esperar muito tempo em pé, disse ser "muito aborrecido estar na fila mais de meia hora".

A reabertura dos mercados obriga ao cumprimento de medidas de higiene e segurança: uso de máscara para vendedores e público; instalação de dispensadores, em cada banca, para desinfeção das mãos; delimitação/marcação dos lugares destinados aos vendedores, respeitando a distância de segurança; e entradas de clientes controladas por funcionários municipais.

Júlia Brás, comerciante de queijos e fumeiro de Vila Nova de Foz Côa, no distrito a Guarda, não estava satisfeita com a forma como os clientes estavam a aceder ao mercado, face à demora na entrada. "Está tudo bem organizado mas estão a falhar neste aspeto porque entra pouca gente de cada vez. As pessoas cansam-se de esperar e vão embora. Nós é que perdemos", lamentava a produtora.

A maioria dos clientes procurava o renovo (hortícolas para plantar as hortas) para retomar retomar a vida normal na agricultura. Até agora era difícil encontrar estas plantas, porque os mercados e feiras estavam encerrados.

Os agricultores comerciantes falam de prejuízos elevadíssimos. "Estimo 70% de prejuízo porque agora já é tarde para vender o renovo. E a fruta, como a cereja, está a estragar-se porque não tem escoamento. Demoraram muito a abrir os mercados o que acarreta muitos prejuízos para os pequenos produtores que não têm outra forma de vender", contou João Manuel, da freguesia de Cabanelas, concelho de Mirandela.

Mesmo o comércio de pão sofreu uma quebra assinalável. Elisa Figueiredo, produtora de pão em forno de lenha, queixa-se de uma perda de mais de 50% nas vendas. "Neste tempo do estado de emergência só produzia por encomenda. Temos que nos adaptar a uma nova realidade. Vamos tentar fazer algo para trabalhar. Aqui neste mercado podia entrar mais gente, todos temos máscara, luvas e o desinfetante nas bancas e é ao ar livre", descreveu a padeira.

A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIMTTM) permitiu a reabertura de mercados de produtos da terra nas feiras semanais ou quinzenais nos nove concelhos que integram esta entidade no início da semana.

Glória Lopes

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