A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, prevê quebras superiores a 50% na produção de cereja provocadas pelas condições climatéricas adversas verificas nos meses de março e abril, disse hoje o presidente daquela organização, em declarações à Agência Lusa.
"Temos quebras superiores a 50% da produção de cereja no concelho de Alfândega da Fé, que se ficam a dever às chuvas registadas no início da floração, que ocorreram nos meses de março e abril, e o fruto não vingou. Contudo, há variedades de cereja em que a quebra é mais significativa", indicou Eduardo Tavares.
Segundo as estimativas da Cooperativa de Alfândega da Fé, a produção de cereja prevista para este ano deveria situar-se nas 70 a 80 toneladas.
"Estamos a reconverter grande parte dos nossos cerejais e este ano a previsão de produção era de 70 a 80 toneladas de cereja. Felizmente, há outros produtores a apostar em novas plantações de cerejais e alguns deles começam a dar fruto, o que nos faz acreditar que nos próximos anos teremos um aumento muito significativo na produção", frisou o dirigente agrícola.
Apesar de haver este ano menos cereja em Alfandega da Fé, as expectativas é que o fruto que vingou seja de " grande qualidade".
Segundo os responsáveis pela cooperativa, em tempo de pandemia provocada pelo novo coronavírus a cereja vais ter de ser apanhada cumprindo as normas de proteção aconselhadas pelas autoridades competentes.
"Elaboramos um plano de contingência não só para a proteção dos trabalhadores que andam na apanha da cereja, mas também para o fruto, para que chegue com padrões de higiene e segurança aos consumidores", vincou Eduardo Tavares.
O início da apanha da cereja em Alfândega da Fé está previsto para meados da próxima semana.
Apesar de ter sido cancelada a Festa da Cereja prevista para os dias 12, 13 e 14 de junho, a Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé espera uma boa receção do mercado a este fruto de qualidade.
A cereja tornou-se no símbolo de Alfândega da Fé e tem um peso significativo na economia local.
"A cereja de Alfândega da Fé tem a particularidade de seduzir os consumidores e será comercializada em grandes superfícies e outros canais de distribuição, que já são conhecidos da cooperativa", concluiu Eduardo Tavares.
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