segunda-feira, 22 de junho de 2020

SERENGA – FESTA DO DIVINO – SP – BRASIL

Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)

SERENGA EM ANHEMBI (SP)–ENCONTRO DAS EMBARCAÇÕES QUE TRANSPORTAM O DIVINO
Com exceção deste ano de 2020 que, devido à Pandemia do Covid-19; todos os anos, há mais de um século, é feita a “Serenga”, tradicional festa em louvor ao Divino Espírito Santo; que ocorre sempre no início do mês de junho; normalmente n primeira semana, antecipando os festejos do mês mais rico em festas populares.  Ainda que, em algumas cidades o festejo se dá no mês de julho, como na cidade natal deste autor (Cravinhos - SP); nas cidades citadas no texto, a Serenga é um elemento a mais para dar ao mês de junho a denominação do mês mais festeiro do Brasil; juntando-se às outras tradicionais festas, também chamadas de juninas. N.A.: em Cravinhos e em muitas outras cidades, embora façam festa de louvor ao Divino, não promovem a Serenga; principalmente por não terem rios que a banham. Nas cidades em que o evento da Serenga acontece no mês de julho, o que ocorre é que as prefeituras fazem a festa justamente à época das férias escolares das crianças. 
Como a presença das crianças é maciça, isso faz com que a festa caia no gosto delas, induzindo à perpetuação da Festa da Serenga. Desde cedo, as crianças aprendem sobre as suas origens, aprendem a tradição e a sua importância para a perpetuação da sua existência. O Espírito Santo é uma das três pessoas reveladas por Jesus Cristo e teria vindo dos céus sobre os Apóstolos e a Virgem Maria, cinquenta dias após a Páscoa. Por isso, a festa litúrgica é chamada de Pentecostes e observada pela Igreja Católica desde sua origem. Em muitas cidades, o evento começou timidamente, por motivos variados. Por exemplo: em Laras (SP), conforme os Anais do XVI Congresso Brasileiro de Folclore, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),estabelece que, no século XVIII, uma senhora que morava em Laras, havia feito uma promessa ao Espírito Santo com o objetivo de cessar a febre amarela que estava matando a população da localidade (N.A.: isso me lembra a Covid-19). Ela havia pedido que a febre dissipasse e assim, um grupo de homens levaria pelo rio Tietê, a imagem do Divino à população ribeirinha, abençoando-a. O surto de febre cessou. Ela era uma mulher de posses; ofereceu bônus a músicos e Companhias de Reis, comida e fogos de artifício e condições de se fazer a festa. ~
A peculiaridade da Festa do Divino de Laras é que ela é diferente daquela originária, de Portugal, difundida pela Rainha Dona Isabel no século XIV. Assim, em Julho (em função das férias escolares), a Irmandade do Divino Espírito Santo sai em peregrinação por cerca de vinte e cinco dias, pelos bairros rurais e centralidades urbanas de municípios próximos levando a Bandeira do Divino às famílias que a recebe com muita devoção. A Irmandade é sempre recebida com muita fartura pelas famílias, que oferecem almoço ou jantar e pernoite, uma vez que é considerada mensageira do Divino. A Festa do Divino de Laras chama atenção pela sua singularidade no seio da cultura popular, aquela espontânea, em que o mercado não espetacularizou. Assim, considera-se que tradição é muito forte, garantindo à população de Laras a sua identidade territorial. Geralmente, as Festas do Divino no Brasil, por conta do processo de colonização, trazem alguns símbolos como o Cetro e a Coroa, o Imperador, a Imperatriz e o Império, sempre com muita pomposidade, como referências à Festa que era realizada pela Dona Isabel – a Rainha Santa. Em Laras, o ritual tem, na sua origem, a história local. 
Todas as passagens da Festa de hoje remetem ao passado de Laras, à memória coletiva do lugar, contribuindo para perpetuar a tradição. As referências são do surto de febre amarela e o milagre do Divino, que não deixou a doença dizimar a população. Embora o dia de Pentecostes seja o quinquagésimo depois da Páscoa – o Dia da vinda do Espírito Santo sobre a Terra – é somente em Julho que a Irmandade do Divino Espírito Santo sai em peregrinação pelos bairros rurais e centralidades urbanas de municípios próximos levando a Bandeira do Divino. A Irmandade viaja por terra e por água por cerca de vinte e cinco dias, enfrentando, muitas vezes, frio e chuva. O ritual da Irmandade é recheado de momentos chaves. Um deles está no canto entoado pela Folia do Divino, durante os cafés, almoços e pousos, e conta a história da febre amarela e da promessa ao Espírito Santo. Outro momento é o ritual dos “amortalhados”, em que as pessoas fazem referência aos mortos pela febre amarela que renascem com a bênção do Divino por intermédio da Irmandade e da Bandeira do Divino. 
O ponto alto é o Encontro das Canoas, em que a Canoa da Irmandade de São Sebastião – o padroeiro de Laras – encontra a Canoa da Irmandade do Divino no Rio Tietê, ao som da SERENGA. Desde cedo, as crianças aprendem sobre as suas origens, aprendem a tradição e a sua importância para a perpetuação da sua vida. A origem das homenagens ao Espírito Santo não se constitui em uma Festa, do tipo das festas coloniais, com fins de cristianização, aliás, como a do próprio Espírito Santo, nos moldes da de Portugal. Em homenagem ao Espirito Santo, a Rainha Dona Isabel costumava reunir o povo e lhe oferecer um banquete (os vodos); conta a história que ela até coroava um mendigo como Rei e este teria durante o dia de Pentecostes, poderes majestáticos, inclusive o de soltar presos da cadeia. Em Portugal, a rainha Isabel (1285-1325) foi a responsável pelo impulso dado à celebração. A soberana tornou-se protetora da Irmandade do Espírito Santo e se envolveu na construção da igreja do mesmo nome na cidade de Alenquer; próximo de Lisboa. Assim, a rainha promovia as procissões e festejos no dia de Pentecostes. Do continente, a solenidade se deslocou ao arquipélago dos Açores. Mais tarde, quando os portugueses chegaram para colonizar os territórios na América que seriam o Brasil, trouxeram esta festa.. Em Laras, o ritual é a peregrinação e nas passagens pelas residências, a recepção é sempre calorosa, com fartura, cantoria e orações, em que a Bandeira do Divino é o símbolo central, considerado o próprio Espírito Santo que derrama sobre os devotos, as suas bênçãos.
A Missa do Envio é o marco inicial de todo o ritual. No último sábado do mês de Junho acontece na igreja de São Sebastião, em Laras, a missa que abençoa os Irmãos para a peregrinação. O trajeto envolve várias localidades do município de Laranjal Paulista e também a daqueles mais próximos, como Piracicaba, Conchas, Saltinho e Pereiras. 
A SAÍDA DAS CANOAS
A chamada Saída das Canoas também é um momento importante do ritual, pois marca a peregrinação que durará cerca de quase um mês, e acontece no domingo, dia seguinte à Missa do Envio.
Quando a Irmandade chega em uma casa para o café, almoço ou pouso, os procedimentos são praticamente os mesmos: a família que a recebe vai ao seu encontro levando o andor do Santo que tiver em casa, demonstrando a sua devoção a Ele. Algumas vezes são dois andores: o de São Benedito e o de Nossa Senhora Aparecida. Pode-se dizer que o Santo da casa vai ao encontro do Divino que faz a peregrinação, e o recebe e o acolhe. A Bandeira do Divino passa para as mãos do dono da casa e forma-se uma fila para beijá-la; as outras duas Bandeiras do Espírito Santo, também levadas pela Irmandade são passadas para as mãos de familiares ou amigos ali presentes. Somente depois de todos beijarem as Bandeiras, a caminhada continua em direção às dependências da casa, no quintal onde o Mastro do Divino é erguido. “Algumas paradas já são tradicionais”, como dizem os Irmãos do Divino, e estão no trajeto, previamente traçado pela Irmandade. Ou seja, há famílias que esperam todo ano, a passagem da Irmandade para receber a Bandeira, e ofertar o alimento a todos – costume passado de geração a geração. O Mastro é erguido. Os foliões cantam: Divino Espírito Santo Ele tem essa promessa De fazer sua viagem Pra depois fazer a festa, eeee! Essa viagem tão santa Foi por um grande pedido Foi por grande milagre Foi feito no tempo antigo, eeee! Foi feito no tempo antigo Aqui na grande capela Pra acabar com a epidemia Da triste febre amarela, eeee! Deus lhe pague o bom café Também o sagrado pão Que a bênção dele cubra Nosso pai da salvação, eeee! Divino Espírito Santo Boa saúde veio dar Também ele pede uma esmola Se acaso podem nos dar, eeee!
Todos dão esmola (dinheiro) ao bandeireiro. Com u´a mão deu uma esmola, com outra segura a bandeira, Que a benção dele cubra Essa pomba verdadeira, eeee! Deus lhe pague a boa esmola Que veio de lado a lado O Divino que lhe cubra Que ele lhe paga dobrado, eeee! Que ele pague a sua esmola O Divino está bem vendo O seu nome lá no céu Os anjos tá escrevendo, eeee! Se faz uma despedida É preciso arretirar O Divino se despede Das imagens do altar, eeee! Das imagens do altar Onde está a Virgem Maria Vai deixar felicidade, pro senhor, pra sua família, eeee!
O Divino se despede Pra retornar voltar Todos com bastante saúde O Divino quer achar, eeee! Se faz uma despedida Ai, Nessa bendita hora! Toma a benção do Divino Que a bandeira vai-se embora, eeee! Já fizemo a obrigação Mas as imagens ainda estão aqui Ó meu nobre diretor Agora podemos seguir, eeee! [Vivas] Viva o Divino Espírito Santo!!! [Todos] Viva!!!! Viva Nossa Senhora Aparecida!!! [Todos] Viva!!! Viva São Sebastião!!! [Todos] Viva!!!
Todos rezam o terço que, no pouso, é cantado. Ouve-se o trabuco a cada “Glória ao Pai”, como uma marcação da reza. A Bandeira do Divino é levada para abençoar a casa e o alimento que está sendo preparado e será oferecido a todos os presentes. À noite, a Irmandade geralmente janta no local oferecido para o pouso. A diferença do almoço é que à noite pode haver a apresentação de cururu, conforme as possibilidades financeiras da família que oferece o pouso. O cururu consiste em canto em dupla, em tom de desafio improvisado e rimado. Mas seus versos, ainda que com grande diversidade temática, se mantêm e são disseminados, contraditoriamente, pela indústria fonográfica. É mercadoria que se apresenta como “folclórica”, exótica”, ou “raridade” e que “precisa” ser preservada como parte da história, como patrimônio cultural. E a cantoria pode ir noite adentro... O que importa é a alegria naquele momento festivo! No dia seguinte, a Irmandade segue cumprindo seu trajeto até chegar ao ponto de partida: o distrito de Laras, após praticamente um mês de viagem. A Entrega da Bandeira, ou seja, a chegada da Irmandade do Divino em Laras, ocorre sempre em uma quarta-feira à noite, quando é dado início ao Tríduo Preparatório com missa, para a Festa do Divino, cujo ponto central é o Encontro das Canoas que simboliza a chegada do Espírito Santo em Laras. Consta na programação do último sábado do mês de Julho a Missa dos Romeiros, pois neste dia chegam várias caravanas de municípios próximos para que os devotos possam acompanhar o Encontro das Canoas. Este momento consiste em uma representação de um episódio que deve ter acontecido há muito tempo atrás, como conta a história local; as canoas de rio acima e de rio abaixo, se encontraram no rio no retorno da peregrinação com a Bandeira do Divino. Apesar de ser encenação hoje, é considerado o ponto alto da Festa, o momento emocionante em que as pessoas fazem seus pedidos ao Divino Espírito Santo. Os Irmãos do Divino seguem remando ao ritmo da proa, anunciando a passagem do Divino e entoando a serenga, canto improvisado cujo som não é audível pelos devotos. Por isso, ela é comumente, e de forma equivocada, compreendida como melodia sem canto, uma vez que se ouve, das margens dorioTietê, apenas o baixão “Ôoooo!”.  No encontro das duas canoas (uma, da Irmandade de São Sebastião e a outra, da Irmandade do Divino), os Irmãos se cumprimentam com os remos e o trabuco anuncia o momento tão esperado. O Encontro das Canoas é considerado um momento sagrado, de cura e agradecimento e também de doação dos Irmãos que estão fechando o ciclo da viagem anual, no cumprimento da missão atribuída com base na tradição. Outro momento importante do ritual é o chamado  “amortalhados”, o mesmo que “deitar para o Divino”. Os devotos se envolvem em lençóis e deitam na rua para que a Irmandade possa passar a Bandeira do Divino sobre eles. 
Assim, agradecem ou pedem por bênçãos. Desta forma, são lembrados aqueles antepassados que morreram por causa da febre amarela. Mas aqui, há o renascimento, por obra do Espírito Santo. Oferecer-se vulnerável para o sacrifício, ser humilde, deitar com seus filhos pequenos, cobrir a cabeça como um amortalhado – esse é o costume e a tradição. A Irmandade, com a Bandeira do Divino, abençoa os “amortalhados”, passando por cima deles, recolhendo doações que são colocadas sobre seus corpos. Bandeireiro com a Bandeira do Divino carregada de fitas, cartas e fotos, abençoa um devoto que “deitou para o Divino”. A passagem da Irmandade pelas ruas de Laras segue em direção à Igreja de São Sebastião. O trabuco é disparado após a Irmandade dobrar cada esquina, até findar o trajeto. O Mastro é erguido e, assim como nos almoços e pousos, não é tocado pelos Irmãos, mas sustentado pelos remos. Fogos de artifício colorem o céu, já escuro, no sábado. A lembrança da febre amarela, cantada nos versos dos Foliões e no ritual dos amortalhados, anuncia os motivos da peregrinação, da sua origem. 
O que se realiza hoje durante a Festa, funciona como uma manutenção desta identidade territorial, porque tem a ver com as origens de cada membro da comunidade, naquela localidade. Não só para os membros da Irmandade, mas para a população de Laras em geral, o Espírito Santo representa a reprodução da vida, cuja tradição em homenageá-lo se mistura com a própria história da localidade. Portanto, a Irmandade do Divino de Laras cumpre sua função social, a partir do momento em que uma ordem moral imbuída de solidariedade, caridade e respeito é transmitida na prática cotidiana.
Crédito da foto : vide Referência nº 1, ao final
A Festa do Divino Espírito Santo de São Luiz do Paraitinga, SP, mantém, na atualidade, muitos elementos típicos da cultura popular, destacadamente a constituição de uma fortalecida identidade local, a presença da oralidade e uma memória pautada em padrões coletivos e elementos altamente simbólicos e agregadores. Através desta manifestação é possível perceber a grande capacidade de plasticidade e transformação da cultura popular e deparar-se com novas possibilidades de interpretação tanto da história local, como do espaço de manifestações populares na sociedade contemporânea brasileira. A Festa do Divino é um momento de muita devoção, cuja relação das pessoas direta com o sagrado é marcante. Possui, ademais, manifestações dita “profanas” que são marcantes como a distribuição de alimentos – destaque ao afogado, um tradicional cozido de carne com batatas; danças folclóricas, leilões, bingos entre outros. Esta manifestação como um todo é considerada uma das mais tradicionais do país. 
A Festa do Divino Espírito Santo tem origens pagãs nos cultos de distribuição de alimentos ligados aos círculos das colheitas ainda na Idade Média.  Ganhou suas feições católicas a partir da organização de louvações em louvor ao Divino e com forte caráter solidário com a rainha Isabel de Castela no século XIII, conforme descrito acima. Chegou ao Brasil segundo os estudos, logo no início da colonização acontecendo inicialmente em várias regiões do país. Em São Luiz do Paraitinga, especificamente, a primeira referência documental, segundo o pesquisador Jaime de Almeida, data de 1803!

COMENTÁRIOS A RESPEITO DA SERENGA:
DATA INÍCIO DA PESQUISA:10/JUNHO/2020. (NO ISOLAMENTO SOCIAL C-19)
PESQUISA SOBRE A FESTA DO DIVINO E DA MÚSICADA FESTA DO DIVINO EM PROCISSÃO FLUVIAL NO INTERIOR DE SÃOPAULO. REFERÊNCIA DESCRITA NO DICIONÁRIO HOUAISS: AS MÚSICAS NÃO CONTÊM LETRAS; APENAS MURMÚRIOS RITMADOS. AINDA QUE HOUVESSE ENCONTRADO CITAÇÕES DA PRESENÇADO RITUAL DA SERENGA NO ESTADO DO MARANHÃO, PARECE QUE EM TAIS LUGARES, TAL EVENTO SEJA APENAS EVENTUAL; ASSIM COMO TAMBÉM EM PARATY (RJ) E PIRINÓPOLIS (GO), JÁ NAS CIDADES PESQUISADAS (TODAS NO ESTADO DE SÃO PAULO):  LARAS; MOGI DAS CRUZES; PIRACICABA; UBATUBA; ANHEMBI; ITANHAEM; SÃO LUIZ DE PARAITINGA; LARANJAL PAULISTA;  CONCHAS; SALTINHO E PEREIRAS, TAIS EVENTOS SÃO TRADICIONAIS  E MANTÉM-SE AINDA, EM PLENO SÉCULO XXI.

REFERÊNCIAS:
1. Panfleto da Prefeitura Municipal de São Luis de Paraitinga: Crédito – Fotografias: Angélica Del Nery, Luciano Coca, Cris Bittencourt e Nana Vieira.
2. TCC da doutoranda Neusa de Fátima Mariano Doutora, Docente do Curso de Geografia do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba,  que menciona: A.  ALMEIDA, Benedicto Pires de. Cronologia Tieteense. (História do Município e da Cidade de Tietê, SP, de 1783 a 1978). 2 vols. São Paulo: Milesi Editora, 1980. 1396 p. ALMEIDA, Luís Nunes de. Rio Tietê – Estrada líquida dos romeiros do Divino Espírito Santo. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). PUC, São Paulo, 2008. ANDRADE, Julieta Jesuína Alves de. Cururu: espetáculo de teatro não-formal poéticomusical e coreográfico. Um cancioneiro trovadoresco do Médio Tietê. 1992. 3 v. Tese (Doutorado em Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992. Anais eletrônicos do XVI Congresso Brasileiro de Folclore - UFSC, Florianópolis, 14 a 18 de outubro de 2013 10 ANDRADE, Mário de. Danças Dramáticas do Brasil. 2ª ed. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 2002. 840 p. ARAÚJO, Alceu Maynard. Cultura popular brasileira. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 243 p. ARAÚJO, Alceu Maynard. Folclore Nacional I: festas, bailados, mitos e lendas. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 591 p. CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 11ª edição. São Paulo: Global, 2001. 768 p. DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. 237 p. ETZEL, Eduardo. Divino – simbolismo no folclore e na arte popular. São Paulo: Giordano; Rio de Janeiro: Kosmos, 1995. 180 p. FERNANDES, Florestan. O folclore de uma cidade em mudança. In: OLIVEIRA, Paulo de Salles (org.). Metodologia das Ciências Humanas. São Paulo: Hucitec/UNESP, 1998. p. 53-80. HAESBAERT, Rogério. Identidades territoriais. In: ROSENDAHL, Zeny; CORREA, Roberto L. (orgs.). Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999. p. 169-190. HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialização. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 396 p. HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence (orgs.). A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. 316 p. LEFEBVRE, Henri. Notes écrites um dimarche dans la campagne française. In: LEFEBVRE, Henri. Critique de la vie quotidienne I. Introduction. 2ª ed. Paris: L’Arche Editeur, 1958. p. 215-241. RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do poder. Tradução: Maria Cecília França. São Paulo: Ed. Ática, 1993. 269 p.
3. Associação ”Pró-Divino”, de Mogi das Cruzes.
4. Anhembi (SP); a que acontece há mais de 100 anos e recebe mais de 50 mil turistas oriundos de vários Estados e Regiões do País. A festa é um grande cortejo religioso ao Divino Espirito Santo. O ápice da Festa acontece no Sábado a tarde com a Serenga, Encontro das Canoas; momento emocionante marcado por fogos às  margens do rio Tietê.  

Antônio Carlos Affonso dos SantosACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 8 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de quatro outros publicados em antologias junto a outros escritores.

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