“Vim ajudar os artistas portugueses. Temos que ter a sensibilidade de que estamos todos a passar por um momento muito complicado. E vim sair com as minhas amigas e senti-me extremamente segura”, disse uma espectadora brigantina.
Esta foi a primeira vez que a cantora subiu ao palco, depois de vários meses de confinamento, e também a primeira vez em Bragança. Admitiu ter-se sentido nervosa, por não poder abraçar o seu público como estava habituada a fazê-lo antes da pandemia.
“Senti-me super nervosa, porque o facto de não podermos estar perto das pessoas, não podermos descer, a lotação estar a meio, as pessoas estarem de máscara, deixou-me super ansiosa porque não sabia qual seria a reacção das pessoas, se eu ia conseguir estabelecer relação com o público. Mas é como andar de bicicleta. Fui incrivelmente bem recebida, a meio do concerto já me tinha esquecido de tudo”, contou.
A sala do Teatro Municipal de Bragança tem capacidade para acolher mais de quatrocentas pessoas, mas tendo em conta as normas de distanciamento social, só foi possível receber 137. A resposta imediata das pessoas na compra de bilhetes foi, para João Cristiano Cunha, director do teatro, um manifesto de que as pessoas querem voltar à rotina cultural.
Parte do dinheiro angariado dos 24 concertos reverte a favor do Fundo de Emergência Cultural. Foram ainda recolhidos bens alimentares que serão entregues à União Audiovisual. O concerto aconteceu tendo em conta todas as normas da Direcção Geral de Saúde, como o uso de máscara e gel desinfectante, distanciamento entre espectadores e circuitos diferentes de entrada e saída.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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