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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

“ENQUANTO TIVER VIDA E SAÚDE ESPERO NÃO DEIXAR DE ESCREVER, ESPERO MORRER COM A CANETA NA MÃO”

António Manuel Pires Cabral tem 79 anos e é natural de Chacim, concelho de Macedo de Cavaleiros. Começou a sua carreira profissional como professor, mas foi a literatura que lhe trouxe as maiores felicidades.
Estreou-se em 1974 com o livro de poesia “Algures a Nordeste”, mas também se dedica aos romances, ficção e teatro. Há muitos anos que vive em Vila Real, mas é no Nordeste Transmontano que encontra a sua inspiração
Licenciou-se em Filologia Germânica e Ciências Pedagógicas e esteve a leccionar aqui na região, em Torre de Moncorvo e Bragança.
Comecei a minha vida profissional em Macedo de Cavaleiros. Nasci no concelho, em Chacim e a família vivia aqui. Frequentei aqui o colégio, na altura chamava-se Externato Trindade Coelho, que hoje já não existe. Nesse mesmo externato vim depois a ser professor quando terminei o curso em 1965. Fui convidado a ficar aqui a dar aulas e estive aqui durante três anos. Depois comece i a pensar que Macedo, na altura, era um ambiente um bocado provinciano. Eu gosto da província e sou um provinciano nato, mas parecia-me demais. Entretanto tinha casado e os filhos começaram a chegar e pensei que era preciso navegar daqui para fora. Fui para Bragança, onde estive dois anos, depois fui para o Porto onde fiz o estágio pedagógico e depois fui colocado em Vila Real. Antes ainda estive em Torre de Moncorvo a dirigir a escola Industrial e a Preparatória. A minha carreira de professor terminou em Vila Real. Quando foi no 25 de Abril, era eu director em Moncorvo, os directores foram dispensados e então eu tive que regressar à Industrial e depois nos primeiros anos deste milénio aposentei-me.

A vida encaminhou-o para Vila Real e por lá ficou. Porquê?
Vila Real teve os argumentos suficientes para me prender. Uma cidade com algum progresso, com uma universidade que, na altura, tinha sido criada e estava a dar frutos, que tinha uma vida cultural que já mexia e que me agradava. Pensei que em Vila Real estava bem e em Vila Real fiquei até hoje.

Mas podemos dizer que o amor da sua vida surgiu em 74 quando lançou o seu primeiro livro de poesia?
Se é o grande amor da minha vida não posso responder, porque felizmente sou um homem de amores, tenho muitos amores incluindo a família. A minha carreira literária começou de facto em 74 com um livro pequenino chamado “Algures a Nordeste”. “Quem pega na bussola vê/ oito direcções de mundo,/ oito métodos de estar./ O oitavo é o Nordeste”, de alguma forma este pequeno poema condensa a minha visão do que é o Nordeste e todo este sentimento de gratidão que eu tenho para com a terra que me viu nascer e me deu tudo aquilo que eu tenho espiritualmente e para a qual sinto que tenho uma dívida que vou pagando aos poucos com livros.

Jornalista: Ângela Pais

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