sábado, 26 de dezembro de 2020

Casa de Trás-os- Montes de Lisboa em maré alta

 Nesta passagem de ano, conturbado pela pandemia que colocou o planeta em sobressalto permanente, quase nos esquecemos de que a vida humana é uma espécie de relâmpago que pode prenunciar uma catástrofe humanitária de proporções imprevisíveis, Apesar de tudo não devemos parar porque a História nos ensina que pandemias já houve muitas e que o mundo continuou a impor as suas  regras.

Esta reflexão transporta-me ao ano de 1905, data da fundação da Casa Regional de Trás-os-Montes e Alto-Douro, em Lisboa. Esta Instituição centenária, no seu longo historial de 115 anos, foi berço de dezenas de outras, fundadas e geridas por Transmontanos, à sua imagem e sentido filantrópico. Aquando do primeiro centenário da sua fundação houve associados que se empenharam na aquisição de nova sede, a partir de um terreno desbloqueado na zona de Belém. Chegou a haver conversações com a Câmara de Lisboa para essa construção. Lançou-se uma campanha  nacional de fundos para essa construção. E a relação desses fundos foi regularmente mencionada na imprensa. Mas quando menos se esperava esse entusiasmo gorou-se. E, perante esse desalento, a Câmara de Lisboa, terá revelado interesse em renegociar essa construção, propondo espaço noutra zona urbana. A atual direção, acabou de enviar  uma mensagem de Natal aos associados, na qual escreve:

«Dia 21 em reunião da CML foi aprovado por unanimidade a revogação do atual direito de superfície sobre o Prédio da Calçada do Ferragial, número 1 a 5, e a constituição de um Novo Direito de Superfície, sobre um terreno com 2.200 m2, com capacidade de construção de um edifício com 1.540 m2, na Rua Fernão Mendes Pinto, e junto à Rua de Pedrouços, em Belém, com o máximo de bonificação possível em termos de Lei, ou seja 75% por tempo indeterminado por proposta do PCP, e com ajuda do nosso consócio Modesto Navarro!
Além disso, foi possível levar este processo da Nova Sede, a título excecional, à Assembleia Municipal de Lisboa, no dia 22 de Dezembro de 2020, onde obteve uma aprovação superior a 2/3 dos senhores deputados!
Com a ajuda preciosa do nosso amigo Modesto Navarro, do Presidente da AML, do gabinete do senhor Presidente da CML, e dos serviços da CML, foi possível ainda marcar a escritura de revogação do prédio da Calçada do Ferragial, número 1 a 5, dia 28 de Dezembro de 2020, visto que se fosse a partir de 1 de Janeiro de 2021 tínhamos de assumir mais um ano de IMI, AIMI e seguro!
O dia de terça-feira à noite e o de ontem foi um dia de loucos para a CTMAD, para conseguir arranjar a quantidade de documentos que nos pediram até ontem às 17h00 para entregar no notário!
Agradecemos ao Dr. Jorge dos Santos, Isabel Cerqueira, Coronel Antão, Manuel Ferreira, Serafim de Sousa, Professor Jorge Valadares e António Amaro por se terem deslocado à sede da CTMAD ou enviado por e-mail em PDF documentos que eram necessários assinar!
Um agradecimento especial ao Daniel Oliveira pelas horas que dispensou estes dias para conseguirmos enviar a tempo toda a documentação necessária para o efeito!
Além disso, um agradecimento a todos os membros da Direção pela união e vontade em resolver este problema com celeridade!
Neste momento, já estamos a trabalhar no projeto da Nova Sede! O associado Arquiteto Carlos Ruivo ofereceu a autoria do projeto de arquitetura!
A partir de agora todos os donativos que possam ser dados para o projeto da Nova Sede será para a Nossa Casa de extrema importância, visto que até 2023 pretendemos estar instalados na Nova Sede!»

Como Transmontano e sócio desta prestigiada Instituição Transmontana alegro-me e felicito as sucessivas Direções destes 115 anos de vida.

Barroso da Fonte

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