quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

CIM reivindica o financiamento das despesas dos alunos do ensino secundário que são obrigados a estudar noutros concelhos

 A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM) tomou uma posição pública sobre a falta de acesso ao ensino secundário por parte dos alunos de Vimioso, o que os obriga a deslocar-se para outros concelhos para concluir os últimos três anos da escolaridade obrigatória (10º, 11º e 12º anos), o que acarreta despesas extra para as famílias.
O conselho intermunicipal da CIM deliberou, por unanimidade, "reivindicar junto do Governo o financiamento, no imediato, de todas as despesas com transporte e alojamento dos alunos do concelho de Vimioso", uma vez que só ali só podem frequentar o ensino até ao 9º ano.

Revela a CIM que o problema que "ganhou ainda mais acuidade" com a pandemia da covid-19.

Cerca de doze anos após a publicação da lei sobre o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano ou aos 18 anos (Lei n.º 85/2009), a desigualdade de oportunidades de acesso ao nível ensino secundário (10.º.11.º e12.º anos) continua a ser uma realidade em muitas localidades do interior, como sucede no município de Vimioso. "Para frequentarem este nível de ensino os alunos são obrigados a deslocarem-se para outros concelhos, num território em que os

transportes públicos não se apresentam como alternativa viável e em que as vias de comunicação são deficitárias e com níveis de segurança questionáveis, aguardando, há muito, pelo cumprimento da promessa governamental de requalificação", refere a CIM em comunicado.

Glória Lopes

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