A publicação promove uma recolha de ritmos específicos que caracterizam o “toque mirandês”, com destaque para os instrumentos da caixa e bombo, dois terços do trio dos gaiteiros, como explica o professor e músico Alexandre Meirinhos. “São ritmos específicos da terra de Miranda e o objectivo o livro foi registá-los, também para não se perderem e para não se deturparem e, ao mesmo tempo, para dar a conhecer ao maior número de pessoas. Um gaiteiro sozinho não é nada, quando se fala de gaiteira fala-se do trio, a gaita-de-fole, a caixa e o bombo”, afirma.
Esta recolha escrita é um trabalho na área da percussão que, segundo Alexandre Meirinhos, não tinha ainda sido feito. “Faltava este trabalho, as pessoas normalmente têm ideia que se pega no bombo e na caixa e desenrasca-se, mas não é bem assim. Daí a importância deste registo destes ritmos, que são específicos para cada música, para o repasseado e outros ritmos existe um toque próprio, que deve ser dessa forma e não de outro”, afirmou.
O livro inclui também o registo musical dos ritmos mirandeses em pauta para caixa de guerra e bombo, exercícios práticos e um CD com gravações dos toques, podendo ajudar quem queira aprender a tocar estes instrumentos.
Os textos do livro “Ritmos Tradicionais Mirandeses” estão em três línguas: português, mirandês e inglês.
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