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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Grupo europeu estuda os fatores de stress em abelhas melíferas

 Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, coordenada por José Paulo Sousa, colabora com o grupo “MUST-B”, criado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar com o objetivo de estudar o risco integrado de múltiplos fatores de stress em abelhas melíferas.


Uma equipa de investigadores do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenada por José Paulo Sousa, colabora com o grupo “MUST-B”, criado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla original em inglês) com o objetivo de estudar o risco integrado de múltiplos fatores de stress em abelhas melíferas e avaliar formas de os mitigar através da melhoria da gestão das culturas e das paisagens agrícolas.

A equipa da FCTUC é responsável pela recolha de dados de campo sobre o desenvolvimento de colónias e paisagem envolvente. Todos os dados «serão utilizados para a calibração do modelo ApisRAM – modelo de avaliação de risco para colónias de abelhas melíferas a nível europeu –, que está a ser desenvolvido pelo grupo MUST-B», explica José Paulo Sousa.

Este modelo, detalha, vai permitir, por exemplo, «prever o estado de saúde das colónias de abelhas adotando uma abordagem holística ao problema, integrando não apenas informação sanitária sobre as colónias e efeitos derivados da exposição a pesticidas, mas também a influência da composição e gestão da paisagem, sobretudo ao nível de práticas agrícolas e disponibilidade de recursos florais».

Os dados recolhidos pela equipa portuguesa estão também a ser integrados na plataforma EU Bee Partnership (EUBP), com a participação ativa do aluno de doutoramento em Biociências da FCTUC, Nuno Capela. Esta plataforma, também apoiada pela EFSA, tem como objetivo recolher e analisar dados relacionados com polinizadores, e apresentá-los de forma visualmente clara e simples. Pretende igualmente ajudar a exploração de dados e melhorar o entendimento, por stakeholders de diversas áreas, sobre o estado de saúde dos polinizadores e a sua função no ambiente.

Com os dados recolhidos no âmbito do seu doutoramento, o investigador Nuno Capela, do Centro de Ecologia Funcional, pretende «uniformizar a recolha de dados futuros e ajudar na criação de algoritmos que possam detetar automaticamente eventos, tendências e possíveis problemas nas colónias de abelhas». Dessa forma, assinala, «no futuro, apicultores, investigadores ou mesmo os cidadãos, poderão adicionar dados em bruto na plataforma, a qual fará o seu processamento de forma automática, mostrando como resultado gráficos e tabelas fáceis de interpretar».

No momento, o principal foco da plataforma «é a informação sobre abelhas melíferas, mas está planeada a integração de dados de outros polinizadores num futuro próximo. Tudo isto permitirá centralizar a informação existente, para identificar os problemas que levaram ao decréscimo dos polinizadores, e ajudar na tomada de decisão para uma melhor proteção destes insetos e do serviço de polinização que prestam, crucial para a nossa sobrevivência», acrescenta Nuno Capela.

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