Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Elevo-me dos pântanos da vida, encosto a cabeça no meu sonho eleito e cavo alicerces, para me erguer!
As vitórias caem-me no colo, depois de enfrentar fantasmas, vultos que deambulam na noite. A vida sabe-me a pouco, porque do pouco, não ficou nada. Sangram-me os pés e a alma, á procura de uma morada. Olhos baços, penas brancas, ansiosas e desbotadas, á procura de um cantinho, onde adormeça e repouse o meu sonho, no aconchego de um ninho.
Refugio-me no poente dourado, no mistério que me possui enlouquece e embriaga e fecho o sonho, a voz e o grito no meu peito, já cansado.
Os sonhos ficam escondidos, camuflados na ilusão, debaixo da pele da noite, no encanto desencantado, debaixo do bico e das asas da solidão.
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