5 – A imprensa em Bragança no século XX
A imprensa retrata parte significativa da realidade do município.
Dá-nos informação, que foi essencial à comunidade, é-o também no presente e será no futuro. Bragança foi, no ano de 1845, a primeira capital de distrito a fundar um jornal regional, fora das cidades de Porto, Lisboa e Coimbra, com a designação, O Farol Transmontano, que foi editado durante dois anos.
O século XX trouxe modernas tecnologias de comunicação e composição gráfica, até à impressão digital e às plataformas digitais.
A imprensa escrita teve como concorrente a rádio, a partir do ano de 1930. No ano de 1957, iniciou a Televisão Portuguesa, as pessoas juntavam-se em locais públicos para assistir à emissão, que em Bragança foi durante anos muito irregular.
No ano de 1969, a preto e branco vimos o homem dar um passo inédito, pisar o solo lunar. A emissão a cores ocorreu a partir de 1980.
Em Bragança, na última década da monarquia foram publicados 12 títulos de jornais, regularmente O Nordeste, órgão oficial do Partido Progressista e a Gazeta de Bragança, que representava ao Partido Regenerador.
Na primeira República foram publicados 18 jornais, a maioria em curtos períodos, sendo A Pátria Nova o de maior duração, seguido do Notícias de Bragança.
Durante o Estado Novo, com a abolição da liberdade de imprensa e introdução da censura prévia, diminuiu o número de títulos a seis, o Mensageiro de Bragança, foi o único que manteve regularidade até ao presente.
Foi publicado o boletim "Amigos de Bragança" (1955 a 1974) dedicado aos estudos de Bragança.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, com o regresso da liberdade, a imprensa, ganhou novo fôlego. De 1974 a 2012 surgiram 9 títulos, mantém-se o Mensageiro de Bragança e o Jornal Nordeste, com edição regular desde a sua fundação.
No ano de 1991, a RTP abriu delegação com estúdios em Bragança, encerrou nos primeiros anos de 2000.
A apresentação decorreu dia 2 de maio de 2021, é autor do livro o ilustre Bragançano Prof. e investigador Francisco Terroso Cepeda, a edição foi oferecida pelo autor à Câmara Municipal.
Pediram-me que partilhasse de forma mais alargada esta reflexão, que não uma investigação, por não ter essa qualidade, o que me propus fazer. A obra envolve milhares de textos escritos, sobre temas muito diversos, em épocas políticas distintas, o que me levou a escolher o formato de uma viagem ao longo do século XX, sem ter que seguir uma ordem temática ou cronológica.
Agrupei quarenta assuntos em cinco pontos:
1 - Acontecimentos que marcaram a sociedade brigantina;
2 - Grandes dificuldades e ameaças;
3 - Mudança da paisagem rural do concelho;
4- Mudança da paisagem urbana e evolução das estruturas sociais e económicas;
5- A imprensa em Bragança no século XX.
Nota do Diário de Trás-os-Montes:
Esta reflexão tem 23 páginas, dado o seu interesse e para ser mais fácil de ler, decidimos publica-la em 5 crónicas.
Desta vez publicaremos o primeiro assunto e assim faremos durante as próximas 5 semanas.
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