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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Agricultores da Lombada queixam-se dos estragos provocados pelos veados

 Os veados estão a provocar danos avultados nas culturas, especialmente de castanheiros, na zona da Lombada, no concelho de Bragança.
Os veados estão a provocar danos avultados nas culturas, especialmente de castanheiros, na zona da Lombada, no concelho de Bragança. O problema já não é de agora, mas tem piorado nos últimos anos. Os agricultores queixam-se que o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas pouco faz para resolver a situação. Segundo o produtor Duarte Fernandes, o valor pago pelos prejuízos não compensa de todo o trabalho nem a espera:

“O ICNF diz que vai lá avaliar os estragos, só que são coisas muito complicadas. Eles chegam lá, vêm uma árvore com um porte para uma saca de castanhas, vêm o prejuízo e dão 10 euros por um castanheiro. E uma árvore para chegar a esse porte demora muitos anos, se formos a contabilizar, uma árvore daquelas fica à volta de 200 a 300 euros. Não é com 10 euros que pagam” salientou.

A falta de alimento nas montanhas será o que leva os veados a aproximem-se das povoações e comam as culturas. Para os agricultores, o ICNF deve fazer mais do que pagar os estragos: deve evitá-los. Por isso, o produtor também de castanha, João Rodrigues, considera que uma das soluções passaria pela vedação:

“O problema é que na montanha eles deixam de ter alimento e cada vez mais se aproximam da aldeia, onde os agricultores têm as suas culturas. Há algumas soluções, era possível fazer vedações colectivas se as entidades competentes e gestoras destas áreas o permitissem e colaborassem, porque isso é dispendioso, ou então, abate selectivo para controlar a densidade desses animais aqui nas aldeias” referiu.

A Lombada é uma das zonas nacionais de caça e os veados são ouro para os caçadores. Por isso, são deixados crescer até atingirem grande porte. O problema é que para se alimentarem causam prejuízos. Altino Pires, presidente da União de Freguesias de São Julião de Palácios e Deilão, aldeias inseridas nesta zona, crítica a posição do ICNF:

“Não nos dão nenhuma resposta. Estamos inseridos na Zona de Caça Nacional da Lombada, esta espécie representa, em termos de caça uns dos bons troféus de caça de veado, e é aqui que eles têm saído. Ao ICNF interessa-lhe preservar esta questão. O que interessa aqui é que haja esse tipo de animais para que sejam abatidos. Está a tornar-se insuportável. Provavelmente vamos, mais uma vez, apresentar uma reivindicação junto do ICNF e estou crente que vamos continuar na mesma situação em que estamos” afirmou.  

Contactámos a directora regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Sandra Sarmento, mas, até ao momento, ainda não foi possível obter qualquer declaração sobre o assunto.

Escrito por Brigantia
Foto: Duarte Fernandes
Jornalista: Ângela Pais

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