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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Desassoreamento da barragem não afeta saúde pública - APA

 A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) assegurou hoje que não existe qualquer risco para a saúde pública decorrente do desassoreamento da barragem de Miranda do Douro de onde está prevista a retirada de 8.000 metros cúbicos de sedimentos.


Em resposta as questões solicitadas pela agência Lusa sobre esta intervenção, a APA esclareceu que “não existe qualquer risco para a saúde pública pois são sedimentos que naturalmente circulam no rio e que devido à existência da barragem se vão acumulando”.

“A intervenção é essencial para a segurança da infraestrutura e o programa de monitorização implementado permite acompanhar em contínuo as ações que estão a ser realizadas sendo acompanhadas quer pela APA, quer pelo Instituto de Conservação da Natureza (ICNF), quer pelo município de Miranda do Douro e as entidades gestoras das captações para abastecimento público”, indicou a APA na mesma nota.

Na terça-feira, o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) solicitou à APA a divulgação dos documentos relacionados com o desassoreamento da barragem de Miranda do Douro, por considerar que “há perigos para a saúde pública e ambiente”.

“Estas lamas [provenientes do desassoreamento] possuem um elevado nível de toxicidade e são perigosas para a saúde das populações, tendo estas direito a conhecer em toda a sua extensão quais as ameaças que elas comportam e todos os custos ambientais que esta operação envolve”, denunciou à Lusa o MCTM, em comunicado.

Na mesma nota enviada à Lusa, o MCTM pretendia que a APA divulgue,” imediata e publicamente, os requerimentos e todos os documentos anexos do pedido de autorização da Movhera [a nova concessionária da barragem] para a realização das obras”.

De acordo com APA, foram recolhidas três amostras verticais contínuas em profundidade de sedimentos, em três estações de amostragem para avaliar o tipo de sedimentos e a sua qualidade.

“A análise dos sedimentos e os seus resultados foram realizados nos termos previstos da Portaria n.º 1450/2007, de 12 de novembro, que apresenta cinco classes de materiais de acordo com o grau de contaminação em metais e compostos orgânicos”, assegura ou a APA.

Segundo a observação da APA, “os resultados obtidos ilustram que os sedimentos são classificados na classe 1 e que de acordo com a referida Portaria indicam que é material dragado limpo – pode ser depositado no meio aquático ou reposto em locais sujeitos a erosão ou utilizado para alimentação de praias sem normas restritivas”.

“Os sedimentos de maior dimensão podem ser troncos ou outros que podem ser arrastados em cheias que serão retirados e enviados para os destinos legalmente previstos”, vincam os estudos sobre indicados pela APA.

O desassoreamento [da barragem de Miranda do Douro] que está a ser realizado visa a manutenção da comporta de fundo da barragem essencial para manter a segurança desta infraestrutura.

Segundo a APA, a intervenção teve um estudo prévio que indicou “a necessidade de remover os sedimentos acumulados devido à existência da barragem”.

A APA deixa ainda a garantia de que os sedimentos finos serão diluídos e descarregados para jusante e por isso poderá verificar-se uma pequena alteração ao nível da concentração de sólidos suspensos na água das duas albufeiras.

“Os sedimentos compactos e de maiores dimensões que sejam retirados serão colocados na área associada à concessão para separação, acondicionamento e posterior deposição nos locais apropriados consoante o seu tipo”, explicou a APA.

A APA refere também que toda a operação terá associado um sistema de monitorização da qualidade da água na albufeira de Miranda e na albufeira de Picote (a jusante) em tempo real e convencional, para controlo da operação, avaliação de potenciais impactos nas massas de água e também nas captações para produção de água para abastecimento público, existentes nas duas albufeiras.

De acordo com a Movhera, a nova concessionária da barragem de Miranda do Douro, o processo escolhido para o desassoreamento, “o qual foi devidamente avaliado e aprovado pelas autoridades competentes, foi concebido para minimizar possíveis impactes ambientais e paisagísticos, assim como constrangimentos nas acessibilidades e infraestruturas de transporte locais”.

“Todos os parâmetros relevantes para a operação estarão permanentemente sujeitos a monitorização por entidades devidamente certificadas, que recorrerão a processos previamente aprovados”, acrescenta.

Foto: AP

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