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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Movimento alerta para perigos para a saúde de desassoreamento da barragem de Miranda

 O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) solicitou hoje à APA a divulgação dos documentos relacionados com o desassoreamento da barragem de Miranda do Douro, por considerar que “há perigos para a saúde pública e ambiente”.


“Estas lamas [provenientes do desassoreamento] possuem um elevado nível de toxicidade e são perigosas para a saúde das populações, tendo estas direito a conhecer em toda a sua extensão quais as ameaças que elas comportam e todos os custos ambientais que esta operação envolve”, denunciou à Lusa o MCTM, em comunicado.

Na mesma nota enviada à Lusa, o MCTM pretende que “a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) divulgue,” imediata e publicamente, os requerimentos e todos os documentos anexos do pedido de autorização da Movhera [a nova concessionária da barragem] para a realização das obras”.

Aquele movimento, tido como apartidário e cívico, pretende ainda que sejam divulgados, “de forma imediata e pública”, os “despachos e decisões em que autorizou a realização das obras, bem como os pareceres e estudos que os fundamentam”.

Outras das intenções do MCTM, é que a APA “informe minuciosamente as populações de todos os impactos ambientais, paisagísticos e sanitários da operação, e do modo como eles serão medidos e controlados e que explique minuciosamente as populações das compensações que vão ser pagas pela concessionária pela lesão dos seus interesses ambientais, paisagísticos e sanitários, que são património da Terra de Miranda e de Portugal”.

“Estão a ser extraídos do fundo da barragem de Miranda do Douro cerca de 8.000 metros cúbicos de lamas que se depositaram no fundo do rio ao longo de muitas décadas”, vinca o MCTM na mesma nota.

Segundo aquele movimento, “a realização das obras foi anunciada apenas algumas horas antes do seu início, pela APA, que a autorizou”.

“Além do secretismo da operação, esta autorização foi feita nas costas das populações, que são quem vai suportar, mais uma vez, todos os custos ambientais que ela envolve”, apontou o MCTM.

Segundo o movimento, o elevado volume de lodo a extrair do rio tem que ser depositado no seu exterior, em aterro que terá um elevado impacto paisagístico e sanitário.

Numa nota enviada à Lusa e datada de 08 de setembro 2021, a APA informava que no dia seguinte (09 de setembro) iriam ser iniciadas obras de manutenção das comportas de descarga de fundo da barragem de Miranda do Douro.

Segundo a mesma nota emitida pela APA, a intervenção implica o desassoreamento parcial daquela zona para se conseguir aceder a estes órgãos de segurança da barragem.

“Esta operação vai ser realizada pela atual concessionária, a empresa Movhera Hidroelétrica do Norte, responsável por assegurar a manutenção e segurança das infraestruturas hidráulicas que utiliza”, explicou

 A APA, em articulação com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a câmara de Miranda do Douro, autorizou esta intervenção que prevê que o desassoreamento seja realizado por dragagem, através de um sistema de aspiração do fundo, estimando-se a remoção de um volume que poderá no máximo atingir cerca de 8.000 metros cúbicos.

 “Foram definidos os procedimentos e medidas necessárias para minimizar os efeitos, quer na qualidade da água das albufeiras de Miranda e de Picote, imediatamente a jusante, quer nas captações de água para abastecimento público e na integridade do Parque Natural do Douro Internacional”, indica a APA na mesma nota.

 A APA deixa ainda a garantia de que os sedimentos finos serão diluídos e descarregados para jusante e por isso poderá verificar-se uma pequena alteração ao nível da concentração de sólidos suspensos na água das duas albufeiras.

“Os sedimentos compactos e de maiores dimensões que sejam retirados serão colocados na área associada à concessão para separação, acondicionamento e posterior deposição nos locais apropriados consoante o seu tipo”, explicou a APA.

A APA refere também que toda a operação terá associado um sistema de monitorização da qualidade da água na albufeira de Miranda e na albufeira de Picote (a jusante) em tempo real e convencional, para controlo da operação, avaliação de potenciais impactos nas massas de água e também nas captações para produção de água para abastecimento público, existentes nas duas albufeiras.

A operação terá o acompanhamento permanente da APA, do ICNF e da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

A Lusa tentou obter mais explicações junto da APA, sendo que até ao momento não obteve resposta.

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