O festival internacional de música clássica acontece pela primeira vez em Bragança e trouxe artistas de renome à capital de distrito.
A Orquestra de Câmara de São Petersburgo encheu o Teatro Municipal de Bragança na primeira noite do Festival ClassicFest. O bilhete era gratuito e houve quem não quisesse faltar.
“Vim porque me agradou e eu gosto muito desta orquestra e gosto de estar presente. Fiquei surpreendida, porque não é muito normal que viesse a Bragança uma orquestra desta natureza”, referiu uma das espectadoras.
No entanto, nem todos tiveram a mesma sorte e quando foram comprar bilhete já estavam esgotados.
“Já não há bilhetes. Acabaram. Cheguei antes das oito, mas já acabou. Queria muito vir, principalmente hoje que é um concerto muito interessante. Estou aqui na expectativa de alguém desistir”, disse Deise Gonçalves, que estava interessada em comprar bilhete.
A adesão do público não surpreendeu o director artístico do festival. Filipe Pinto-Ribeiro, também pianista português de renome, actuou na sexta-feira com a Orquestra de São Petersburgo. Considera que esta é a prova de que o público precisa deste tipo de espectáculos.
“Não é uma surpresa, acho que é uma constatação de que há interesse, vontade e de que há necessidade, porque muitas vezes pensamos que a arte, a música, não são uma necessidade primária do ser humano, mas são. Faz parte da nossa essência e daquilo que precisamos de conhecer”, frisou Filipe Pinto-Ribeiro.
O Festival ClassicFest estava planeado para o ano passado, mas foi adiado devido à pandemia. Agora numa fase de quase total libertação de restrições, foi possível trazer a Bragança artistas de várias partes do mundo.
“São espectáculos com a Orquestra da Câmara de São Petersburgo, são espectáculos com homenagem a Piazzola e com alguns dos melhores músicos do mundo nesta área. Temos um bandoneonista, que foi ele próprio aluno de Piazzolla, o Hector Del Curto. A Karen Gomyo que é uma das violinistas mais conceituadas neste momento, que toca com o violino Stradivarius Aurora de 1703”, explicou o director do Teatro Municipal, João Cristiano Cunha.
No sábado o espectáculo foi da violinista Diana Tishchenko com a Orquestra de São Petersburgo.
No próximo fim-de-semana a música erudita vai estar no Teatro Municipal e na Cidadela. O objectivo do Festival ClassicFest é promover a vivência da música erudita no património de Bragança.
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