O principal tema do encontro focou-se na gestão e sanidade de populações de ungulados selvagens, que engloba animais como o javali, corço, veado, etc.
Durante dois dias, vários especialistas discutiram pormenores sobre estas espécies, sendo que no segundo dia decorreu uma visita de campo pela “Rota do Corço” e visita ao Centro Interpretativo do Corço, localizado na aldeia de Grijó.
Pela primeira vez, a freguesia do concelho macedense, acolheu vários agentes científicos, promovendo a divulgação daquele espaço, considera Raul Fernandes, presidente da Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte:
“É uma oportunidade única de podermos promover a nossa rota do corço. Temos aqui pessoas de Portugal e Espanha, o que muito nos orgulha. Neste evento, os investigadores apresentam os seus trabalhos nas diversas áreas, e depois têm um dia mais prático, e é a grande oportunidade de darem a conhecer os resultados das suas investigações.”
Cerca de seis quilómetros perfazem a “Rota do Corço”, sendo que dois deles são dentro do cercado. E é por lá que são feitas várias descobertas:
“Dentro do cercado há a oportunidade de avaliar o habitat do corço e ver os animais. Ao longo do percurso está criada a fauna representativa da região. A rota do corço é um projeto recente, que se iniciou em plena pandemia. Não foi possível dar continuidade por estarmos inseridos numa zona de risco de incêndio e há trabalhos que nos são vedados durante esse período.
Temos dois corços sediados no cercado mais pequeno, e hoje toda a gente conseguiu vê-los e fotografá-los.”
Madalena Vieira Pinto, vice-presidente da Waves Portugal, e membro da comissão organizadora do evento, realça a importância da realização desta ações:
“Juntaram-se aqui elementos da academia, que trabalham no terreno todas as questões relacionadas com a gestão destas populações. Com isto, conseguimos dar continuidade, em termos práticos, daquilo que ouvimos falar na teórica. Por outro lado, todo este espaço envolvente motiva-nos a conversar com as pessoas e criar laços de trabalho, o que é fundamental.”
Da Universidade de Lisboa, em contexto de trabalho para mestrado, encontramos Maria da Pureza Ferreira que participa pela primeira vez em eventos do género:
“É a primeira vez que participo em algo do género, vim apresentar um trabalho de mestrado que me proporcionou entrar mais neste mundo e poder fazer parte desse aumento de conhecimento.
A minha área de mestrado é biossegurança de espécies de caça maior. Esta zona é incrível, adorei o passeio e deu-nos a possibilidade de conhecermos mais sobre as pastagens destes animais e seleção que têm no tipo de alimento.”
No final do evento foi servido um almoço à antiga: javali confecionado em potes de ferro.
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