Anabela Anjos é voluntária há cinco anos e mostrou-se agradada com a adesão das pessoas, que estão cada vez mais sensibilizadas para esta problemática. “Muita gente já sabia e quis vir ao pão solidário. Quem não sabia, e por aqui passou, comprou, mais que não fosse só para ajudar. Somos um povo extremamente solidário. Toda a gente tem sempre alguém que já teve ou tem cancro. É uma causa sensível a todos. Esperemos que este dinheiro seja bem emprega na prevenção, investigação e auxilio aos que mais precisam”.
Elisabete Ferreira é uma das proprietárias da Padaria Pão de Gimonde, de quem partiu a ideia de assinalar o Dia Mundial do Pão. A celebração da data fazia mais sentido se fosse associada a uma causa solidária. Outros parceiros surgiram aqui como aliados, nomeadamente o Instituto Politécnico de Bragança e a Escola Secundária Emídio Garcia. O IPB tem estado a trabalhar com a padaria, em projectos agro-alimentares. Já a escola secundária juntou-se porque os alunos do curso profissional de saúde quiseram ajudar na confecção dos pães, aprendendo um pouco sobre a arte. “Foi toda a nossa equipa, em conjunto com o IPB, que se lembrou de juntar este dia a uma causa que tivesse impacto. As pessoas já ficam com a atenção desperta quando veem pão. Juntando as duas coisas... creio que seja o binómio perfeito”.
A padaria tem-se destacado pela diversidade de pão que tem vindo a criar. Elisabete Ferreira assume que é preciso voltar a pão no centro da mesa e que se deve ter atenção à sua composição, comendo pão mais saudável. “As pessoas comem pão demasiado refinado. Vamos começar a comer pão com mais fibra porque isso faz uma diferença enorme. Os nossos pães são todos feitos com a massa mãe e é tudo 100% natural. As nossas farinhas não são aditivadas”.
Os donativos angariados revertem a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Em pleno Outubro Rosa, ao projecto juntou-se ainda o Movimento Vencer e Viver, composto por mulheres brigantinas que ultrapassaram o Cancro da Mama.
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