"O Lago" revê, ao mesmo tempo, "O Lago dos Cisnes" todo um paradigma do balé russo, com seu ensino da constante investigação e experimentação de ritmos, movimentos e arquiteturas de luz, e aquela cativante sensibilidade de seu coreógrafo e diretor, Víctor Jiménez, que torna única a linguagem transgressiva de LaMov. Longe do fio narrativo do clássico russo, condenado à tragédia de um amor impossível, este "lago imaginado" abunda na superfície e nas camadas mais profundas que todo ser humano carrega, na dualidade das aparências e do eu autêntico, em a sociedade como um suposto remanso de cisnes brancos, em que o cisne negro se rebela despojando-se das aparências para alcançar a verdade e a liberdade.
“O Lago” fala das duas faces do ser humano. É tudo um hino à máscara que todos carregamos dentro, para tirá-la e acabar procurando a nossa nudez.
Ele fala sobre a tensão entre a vida e a morte, sobre os sentimentos conflitantes que todos nós temos, sobre os contratempos que nos assaltam todos os dias, sobre as trivialidades que nos fascinam e as ideias que nos atormentam, sobre as emoções que nos enganam e de a raiva que nos leva embora.
Um espetáculo de grande originalidade e aprimoramento físico, plástico e interpretativo de todo o corpo dos bailarinos.
Bailarinos: Mattia Furlan; Alain Rivero; Paula Rodríguez; Imanol López; Ainhoa Fernández; Daniel Romance; María Bosch; Fermín López
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