segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Capitão Fausto rumaram a Bragança para começar a festa dos dez anos de “Gazela”

 Os Capitão Fausto começaram, este fim-de-semana, uma digressão de seis concertos, para assinalar os dez anos do álbum de estreia. Bragança foi a cidade escolhida para o arranque dos festejos


A banda, formada em 2009, decidiu presentear os fãs com uma digressão de norte a sul do país, que terminará, em Março, nos coliseus de Lisboa e do Porto. A “Com Licença 2022” serve para celebrar “Gazela”, o primeiro álbum dos Capitão Fausto.

O Teatro Municipal de Bragança emprestou palco aos lisboetas para o arranque das comemorações. Um espectáculo bastante especial, considerou Domingos Coimbra, um dos cinco elementos da banda. “Já não tocávamos há anos em Bragança. Lembro-me de tocarmos, há vários anos, no Pub Central e, depois, no Quintanilha Rock. Em 2019, quando lançámos 'A Invenção do Dia Claro' não passamos por cá e sempre quisemos voltar. Portanto, foi com agrado que começámos aqui a digressão, bem a norte, onde somos sempre muito bem recebidos. Da nossa parte, como já não tocávamos há algum tempo, havia receio de estarmos um bocadinho enferrujados, mas correu melhor do que aquilo que estávamos à espera”.

A digressão é uma verdadeira festa de anos para o álbum de estreia, mas, para o reencontro com o público, os Capitão Fausto prepararam concertos que percorrem os seus maiores sucessos e os temas mais emblemáticos. “Pensámos, quando começámos a preparar esta digressão, se faria sentido tocar o nosso primeiro álbum na integra. Achámos que não chegava. Tocámos algumas músicas do 'Gazela', como que um piscar de olho, mas decidimos, como estamos há muito tempo sem ir a alguns sítios, trazer um universo mais alargado”, explicou o baixista sobre esta “digressão buffet”.

Os Capitão Fausto foram a última oferta cultural do mês de Janeiro, mas, segundo João Cristiano Cunha, director do teatro, o que não falta são bons motivos para visitar o espaço nos próximos três meses. “Destaco desde logo o 'Vinte e Sete – Festival de Teatro', que já fazemos há alguns anos, com o teatro de Vila Real, começa no dia 26 de Março, com uma peça para os grandes públicos, 'A Ratoeira', de Agatha Christie, que está no guinness por estar em cena há mais de 60 anos. Vamos, no dia seguinte, comemorar o Dia Mundial do Teatro, com uma peça para bebés, 'Pinóquio'. Destaco ainda uma co-produção do teatro de Bragança, que se chama 'Selvagem', sobre os caretos, onde participarão três do distrito, nos dias 8 e 9 de Abril. Este festival estende-se até dia 30 de Abril, acaba com 'Última Hora'. Fora do festival, mas em Abril, dia 24, temos 'Por Terras de Zeca', um tributo à obra de José Afonso. Destaco depois outras peças, fora desse festival, nomeadamente a 'Cochinchina', de Sandra Barata Belo, dia 11 de Março. Destaco ainda, a nível musical, 'Lisboa Poetry Orchestra', com a participação do conservatório de música e dança de Bragança, dia 16 de Março, e alguns mais comerciais, dia 19 o Noiserv e dia 26 de Fevereiro o António Zambujo. Temos ainda, de 14 a 16 de Abril o 'Live in a Box', que acontece em simultâneo em Bragança, Lisboa e Faro”.

Terminou com os Capitão Fausto o primeiro de quatro meses repletos de bons convites para ir ao teatro. Depois de Bragança, a banda lisboeta segue para Braga, onde actua na sexta-feira.

Os Capitão Fausto terminam a digressão nos coliseus. No de Lisboa estão no dia 12 de Março e no do Porto no dia 17.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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