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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Instrumentos musicais – Música tradicional Portuguesa

 
O instrumental popular português caracteriza-se por uma grande multiplicidade de formas, na sua maioria importadas de outros países, dando origem à grande diversidade musical portuguesa, traduzida numa dualidade paisagística fundamental:

– o leste transmontano e o beirão
– e a planície alentejana, onde permanecem instrumentos antigos e rudimentares do ciclo pastoril, colorindo uma forma de vida arcaizante.

Nestas regiões verifica-se uma quase total exclusão dos cordofones (instrumentos de corda) do reportório tradicional. Encontram-se membrofones (instrumentos vibratórios) percutivos e atonais, como os pandeiros, adufes e tamboris, usados para marcar ritmo sem deformação da tonalidade das melodias. Numa linha mais melódica, são de realçar os pífaros e a gaita-de-foles.

A faixa ocidental do país, terras baixas do ocidente do Minho ao Tejo e, mais a sul, no Algarve, são regiões caracterizadas por um espírito mais aberto e expansivo.

Cordofones e outros

Aí predominam os cordofones como a viola, o cavaquinho, a rabeca, a guitarra, o violão e os instrumentos de «tuna». Ideais para exprimir musicalmente um temperamento alegre e festivo, estes instrumentos tornam-se privilegiados nas manifestações lúdicas, sendo os mais adequados à recepção de novas formas musicais e influências estrangeiras.

Para além dos cordofones, encontram-se ainda outros tipos de instrumentos como o acordeão, a harmónica e a concertina que, em determinadas circunstâncias, substituem os populares cordofones.

Todo este instrumental está fortemente ligado à música profana que caracteriza toda esta região.

Os instrumentos de corda permitem uma abertura e desenvolvimento de novas formas musicais, facto que não se verifica nunca nas terras pastoris e arcaizantes do leste, onde os cordofones são praticamente inexistentes.

No Minho as rusgas

Ao Minho correspondem formas musicais bem ritmadas e vivas, traduzindo nas canções coreográficas e danças de roda, desgarradas e desafios, um temperamento lúdico e festivo.

A voz faz-se acompanhar por braguesas e cavaquinhos, apoiados por idiafones (instrumentos vibratórios primitivos).

Nas rusgas (também conhecidas por tocatas, festadas ou rondas) intervêm ainda outros instrumentos tais como violas, tambores, reque-reques, flautas e ferrinhos, harmónicas e concertinas. Este grupo de instrumentos é igualmente extensível a parte da Beira Litoral, alegrando, quase sempre de improviso, feiras e romarias, caminhadas e trabalhos rurais.

Uma outra forma musical, instrumental, vocal e coreográfica é a chula, típica do noroeste do país, assumindo diferentes formas segundo as regiões. O traço comum entre estas diferentes chulas é o tom festivo e os cantares ao desafio.

Tal como a rusga, a chula não possui funções cerimoniais. São ambas de carácter profano e festivo, distinguindo-se pela forma como se apresentam.

A primeira surge de improviso, animando, por exemplo uma caminhada, ou uma tarefa rural, enquanto a chula se organiza como atracção de uma festa, apresentando-se em pequenos palcos onde vozes masculinas e femininas cantam ao desafio, acompanhadas por cordofones (de destacar a rabeca chuleira) e percutivos.

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