Por só agora ter sido encontrado o documento, o Comando Distrital de Bragança da PSP decidiu transferir as comemorações para a data original da criação, que pela primeira vez se celebram a 04 de março, já esta sexta-feira.
“Fomos ao encontro da história. Havia alguma dificuldade de localizar as atas que poderiam dar prova a isto, em razão de um incêndio que houve há uns anos no Governo Civil. Mas encontrámos a ata na Torre do Tombo que confirma a criação do corpo civil de polícia em Bragança no dia 4 de março de 1876.
Infelizmente, não vamos conseguir comemorar como todos ansiávamos. Só na semana passada se consolidou a possibilidade de termos uma cerimónia mais aberta mas que já não deu tempo para preparar o que pretendíamos. Ainda assim vamos ter dois grandes momentos.
No dia 4 de março vamos fazer uma cerimónia aberta às entidades e com algumas pessoas que já temos saudades de rever entre nós. Vamos aproveitar para inaugurar um instrumento de gestão policial que hoje em dia é fundamental, o nosso Centro de Comando e Controlo Operacional, que agrega o Observatório de Mobilidade Urbana do Município de Bragança.
O Município fez o favor de nos ajudar desde o primeiro minuto.
Vamos, também, fazer uma inauguração de uma exposição da parte da tarde, às 15h00, no Museu Etnográfico Dr. Belarmino Afonso da Santa Casa da Misericórdia, em que vamos caracterizar aquilo que foi a nossa vida nos últimos dois anos com as máscaras, com um trabalho dos polícias da Divisão Policial de Oeiras.
No dia 12 vamos realizar, no quadro do Dia Mundial da Proteção Civil, um exercício à escala total, que vai envolver não só todos os meios disponíveis para Bragança mas, também, meios que virão de outros comandos, nomeadamente de Lisboa. Nesse dia 12 celebramos as comemorações com um concerto, em Mirandela”, revelou ao Mensageiro o Comandante, José Carlos Neto.
Esta descoberta, de acordo com o mesmo responsável, vem mostrar “a importância” que já na altura se dava à polícia. “Para nós é muito interessante, é estarmos identificados com a nossa história, com a importância que Bragança sempre teve para o país. Isto representa uma afirmação de um corpo de polícia àquela data já muito importante e a par de grandes centros urbanos metropolitanos. Para nós, é um sinal de alegria”, frisou José Carlos Neto.
Como curiosidade, a ata agora descoberta revelou que o primeiro ato do primeiro comissário, António José Ribeiro, foi abdicar do vencimento de 100 réis que lhe estavam destinados.
O corpo foi criado com 15 elementos, um chefe de esquadra (com o vencimento de 700 réis diários), dois cabos de secção (500 réis diários) e 12 guardas (400 réis diários).
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