Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de abril de 2022

GUERRA PÕE PORTUGAL À PROCURA DE NOVOS MERCADOS PARA GARANTIR CEREAIS PARA OS ANIMAIS

 A guerra está a assustar cada vez mais, por vários motivos, entre eles a possível falta de cereais.


As noticias são muitas e as mais preocupantes dão conta de que a colheita de cereais na Ucrânia pode cair para metade, já que os terrenos de cultivo estão arrasados pelas bombas e os agricultores foram mobilizados para a guerra. Por outro lado, parece que se acordou agora para a realidade de que Portugal, no cultivo de cereais, está cada vez mais longe da autossuficiência. 

Antes de mais importa perceber que, como já todos ouvimos, a Rússia e a Ucrânia são dois dos principais exportadores de cereais a nível mundial, mas está a falar-se dos cereais forrageiros, os que são usados para a alimentação animal. Já o trigo panificável, para Portugal, 95% vem da União Europeia, essencialmente de França. Segundo esclareceu, antes de mais, a directora regional de Agricultura e Pescas do Norte, sendo a Ucrânia um dos principais exportadores de cevada, de milho, de girassol e de outras oleaginosas e a Rússia um grande produtor de fertilizantes e macro nutrientes, “é óbvio que esta rutura de abastecimento vai-nos levar, claramente, ao aumento dos preços dos alimentos”. Obviamente que “tudo isto tem um impacto muito grande” mas calma. 

Carla Alves, que esclarece, por exemplo, que os 38% de milho que utilizamos para a alimentação animal vêm da Ucrânia, admite que a perda de mercado daquele país causa uma “grande preocupação para o abastecimento da indústria animal” mas no que toca à alimentação humana “estamos mais descansados”. Foquemo-nos no que então preocupa mais... resolver. “Existem aqui possíveis alternativas ao abastecimento e é isso que Portugal está a fazer, tentar novos mercados, como a América do Norte, a América do Sul e o Cánada”, sublinhou Carla Alves, que vincou ainda que “tudo isto fez disparar os preços para os agricultores que depois não conseguem reflectir isso naquilo que vendem”, daí haja necessidade de avançar com medidas. Segundo assumiu, essas medidas, muitas já disponíveis e legisladas, passam assim por apoiar quem queira investir, como o caso da abertura de um anúncio, dentro do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR), no valor 15 milhões de euros, para pequenos investimentos, até 70%, em explorações agrícolas em territórios vulneráveis. Refira-se que 95% do território abrangido pela Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes é vulnerável. 

Outra das medidas que já está em vigor é o apoio na instalação de painéis fotovoltaicos. Mas no que toca ao PDR, ainda não ficamos por aqui. Carla Alves esclareceu que há também um aviso para apoiar o aumento da capacidade de armazenamento para a indústria de moagem e de rações. Há um outro apoio, que já está também legislado, que diz respeito à electricidade. Os custos de energia das explorações agrícolas e agro- -indústrias, até 50 hectares, vão ser apoiados em 20%. As que têm mais que 50 hectares serão apoiadas em 10%. 

Para terminar, Carla Alves, que lembrou que também houve um desconto no IVA do combustível, disse ainda que se vai antecipar o pagamento do Pedido Único (PU) aos agricultores, os chamados subsídios, que são pagos em Outubro e se tentará que o sejam em Maio.

Jornalista: 
Carina Alves

Sem comentários:

Enviar um comentário