Boletus aestivalis. Foto: Gljivarsko Drustvo Nis/WikiCommons |
A Primavera “é também uma época muito profícua na frutificação de espécies de cogumelos”, garante a Ecofungos – Associação Micológica. Naturalmente, no norte de Portugal, com climas mais frescos e húmidos surgem mais espécies.
“Especialmente em anos climáticos favoráveis, temos várias espécies muito interessantes quer do ponto de vista ecológico, mas também gastronómico.”
Aqui ficam oito sugestões da Ecofungos para sair de casa e procurar nesta estação do ano.
Túberas (Terfezia sp. entre outras):
Terfezia sp. Foto: Katpatuka/WikiCommons |
As túberas ou criadilhas (Terfezia arenaria e T. fanfani) caracterizam-se por permanecer debaixo da terra até à maturação dos esporos, explica a Universidade de Évora.
Têm uma forma arredondada e medem, em média quatro a oito centímetros de diâmetro, podendo chegar aos 10 centímetros.
Surgem apenas na Primavera e são mais comuns no sul do país, em solos arenosos e ácidos.
Silarcas (Amanita ponderosa):
Silarca. Foto: Virako/WikiCommons |
As silarcas também são conhecidas como púcaras-da-quaresma.
O chapéu mede entre oito a 13 centímetros e o pé pode chegar aos 10 centímetros.
Estes cogumelos primeiro são brancos e depois, conforme vão amadurecendo, passam a uma tonalidade ocre-rosada ou castanho-avermelhada, explica o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.
É uma espécie que frutifica na Primavera.
Boleto de Verão (Boletus aestivalis):
Boletus aestivalis. Foto: Gljivarsko Drustvo Nis/WikiCommons |
Pode encontrar este cogumelo desde o final da Primavera, por volta de Maio, até ao Outono.
É uma espécie que precisa de sol, calor e humidade para surgir, normalmente em florestas de carvalhos e de castanheiros.
O chapéu deste boleto pode chegar aos 20 centímetros e o pé também.
É um cogumelo que pode ter vários tons de castanho, sendo o pé, normalmente, castanho mais claro do que o chapéu.
Tortulhos (Boletus aereus):
Boletus aereus. Foto: Enrico Tomschke/WikiCommons |
O Boletus aereus, apesar de ser mais comum no Outono, também frutifica na Primavera.
O seu chapéu é castanho escuro, quase negro e o pé é mais claro, em tons castanhos-claros ou amarelados.
O chapéu pode chegar aos 20 centímetros e o pé aos 12 centímetros.
Pode procurar-lo nos montados de azinho ou de sobro e em matagais mediterrânicos, explica o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.
Frade (Macrolepiota procera):
Macroleopiota procera. Foto: Leonhard Lenz/WikiCommons |
Esta espécie comum tem o chapéu branco a castanho claro, com muitas escamas, e o pé tigrado entre o branco e o castanho, com um anel duplo e aparentemente móvel.
O chapéu pode ter até 30 centímetros de diâmetro.
Pode facilmente encontrá-lo ao pé de pinheiros, em terrenos férteis.
Apesar de ser mais comum no Outono, esta espécie também frutifica nesta época do ano.
Cogumelos dos choupos (Cyclocybe cylindracea):
Cogumelos dos choupos. Foto: Strobilomyces/WikiCommons |
Esta é uma espécie muito comum no nosso território e, embora mais frequentemente no Outono e Inverno, também frutifica na Primavera.
Este cogumelo decompõe a madeira morta de árvores, com preferência por salgueiros e choupos. Daí o seu nome comum em inglês, ‘poplar cap’ (‘boné de choupo’, traduzido para português).
Pantorras (Morchella sp.):
Pantorras. Foto: Andrew C./WikiCommons |
Os cogumelos deste género são bastante fáceis de identificar, devido às nervuras no seu chapéu, que fazem lembrar uma colmeia. Podem ter várias cores, desde o branco e amarelo ou mais escuro.
São geralmente encontrados debaixo de árvores como choupos, macieiras, freixos, plátanos ou ulmeiros.
Cantarelos (Craterellus sp. e Chantarellus sp.):
Cantarelos (Cantharellus cibarius). Foto: Andreas Kunze/WikiCommons |
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