No âmbito do "Concelho em Destaque", lançado este ano no Jornal Nordeste, o mês de Maio é dedicado a conhecer Bragança. De clima temperado, com um verão tipicamente quente e seco e um inverno longo, frio e húmido, Bragança alcançou em Fevereiro de 1983 uma das temperaturas mais baixas registadas em Portugal: -17,5. O concelho é conhecido, entre tantas coisas, pelo frio, mas o calor, sobretudo das gentes, é evidente.
Um legado chamado "nunca deixes de guardar o castelo onde nasceste"O Castelo de Bragança, construído no século XII, é um dos maiores símbolos da cidade e do concelho. Sendo um dos mais bem preservados castelos portugueses, do alto dos seus muros a vista contempla paisagens únicas: as serras de Montesinho, Sanabria, Rebordãos e a da Nogueira.
Este ícone brigantino, do qual fazem parte a elegante Torre de Menagem e variadíssimas histórias de encantar, está localizado na cidadela e é protegido por muralhas que têm um inconfundível formato de coração. Além do castelo, imponentes são ali também a Igreja de Santa Maria, o Pelourinho e, claro, a Domus Municipalis, considerada Monumento Nacional, desde 1910, que funcionou como cisterna, cujo nome deriva do facto de ter sido, também, usada como Paços do Concelho, pela Administração Municipal de Bragança.
O património arquitectónico e histórico não tem preço, mas também não há nada que pague os que aquilo foram construindo, guardando e vivendo, as pessoas.
Adelaide Morais é uma das "guardiãs" da cidadela e uma das testemunhas da agitação que, noutros tempos, aquela "vila" foi. Com 70 anos, nasceu ali, num dos lugares mais charmosos de Bragança.
Nascida e meia criada em casa da avó, Adelaide Morais mudou-se, ainda em miúda, com 12 anos, para casa da madrinha, também na cidadela, onde agora, a meio tempo, vive. "Na altura das férias grandes, num verão, vim aprender costura, com a minha madrinha, e nunca mais daqui saí. Quase todas as raparigas, naquela altura, aprendiam costura, para saberem fazer algumas coisas úteis", contou, lembrando que, na tenra idade, de vida e de aprendizagem, só se faziam os recados.
Tendo começado com a madrinha, que era "uma das maiores modistas", naquela época, e para ela trabalhado alguns tempos, Adelaide Morais, que casou com 18 anos, guardou a profissão para toda a vida.
Foi na cidadela que, além de aprender o ofício, conheceu também quem lhe "roubou" o coração e a levou para outras paragens, mas nunca definitivamente dali para fora, não fosse ela uma verdadeira brigantina. "Ele veio trabalhar para Bragança e não tinha quem lhe lavasse a roupa. Perguntou a um dos funcionários se sabia de alguém que o fizesse. Então, trouxe-o ao castelo e apresentou-o a uma senhora que era minha vizinha... depois ele vinha vindo por cá a trazer a roupa e ela acabou por o desafiar a vir até à vila, uma noite, já que tocava viola. E ele veio. Juntaram-se várias raparigas e eu, que estava por aqui a trabalhar, a fazer serão, juntei-me à festa, já que eu gostava de cantarolar... e bem, comecei então a cantar e ele achou piada... e pronto, cá estamos, casados", referiu.
Àquela época, depois de casarem, Adelaide Morais e o seu Eduardo, natural do Porto, ainda ficaram três anos por Bragança, antes de rumarem à Invicta, onde fizeram vida. É entre uma cidade e outra que agora, reformados, vão dividindo vida, tempo e amizades. E a casa, a de Bragança, não podia ser mais especial. "Eu era a única pessoa que a minha madrinha tinha e um dia ela disse-me que, sabendo também que nós erámos os únicos que íamos tomar conta dela, ia deixar-me a casa. Mais tarde acabou por ficar numa cama, porque estava doente, estando já com a mobilidade muitíssimo reduzida. Assim, foi necessário colocar-se aqui uma pessoa para a cuidar, já que nós estávamos no Porto e ela não aceitava mais nada que não fosse viver na própria casa. O dinheiro começou a não lhe chegar e decidiu pôr a casa à venda. Arranjou umas pessoas que lhe a queriam comprar, sendo que podia usufruir dela até à morte, mas nós não deixámos. Era muito importante para mim ficar com isto, por tudo, e então decidi ser eu a comprar-lhe a casa. Na altura, demos-lhe 500 contos e, infelizmente, para pouquíssimo lhe serviu o dinheiro, já que morreu um mês depois", lembrou Adelaide Morais.
A casa, que respira lembranças, leva a brigantina, frequentemente, a memórias de outros tempos, quando a cidadela respirava gente, gente e mais gente. "Quando eu era mais nova havia aqui muitas pessoas porque todos os casais tinham cerca de dez ou mais filhos. Além disso, o liceu era na Praça da Sé e a Escola Industrial era na Rua Direita. Ou seja, quase toda a gente que vinha estudar para Bragança ficava por aqui, porque era perto e porque muitas pessoas, como a minha madrinha, arrendavam quartos", contou Adelaide Morais.
Por ali, onde cada calejo ou viela chegou a ter mais de trinta miúdos, a gente era tanta que na altura da Páscoa e do São João chegavam a ser dois os bailes, em simultâneo, para animar a malta.
A cidadela também foi, naqueles tempos, Adelaide lembra-os bem, a "casa" de quem muito dinamizou e ajudou a dar vida à cidade. "Antigamente, em Bragança, havia três quartéis, sendo que um deles, o principal, era aqui, no castelo. O que dá movimento à cidade, hoje em dia, são os estudantes, mas antigamente eram os militares, que davam muito dinheiro a ganhar às pessoas, às que lhes lavavam a roupa, aos comerciantes e aos proprietários das tabernas", terminou a brigantina.
Bragança é o concelho com mais rituais e festas de inverno preservados
O concelho é também fortemente conhecido por toda a dinâmica de esoterismo, que tem sobrevivido aos passar dos anos. As festas dos Rapazes, as de Santo Estêvão e as dos Reis celebram-se e animam várias aldeias e localidades do concelho, nomeadamente Varge, Aveleda, Parada de Infanções, Rio de Onor, Baçal, Salsas, Rebordãos, Pinela, Grijó de Parada e Rebordaínhos.
Estas festas, que se conservam bem vivas na cultura do povo, dependendo da aldeia onde se celebram, integram diversos rituais, de profundo simbolismo, com origens remotas, provavelmente de um tempo muito anterior à cristianização da Península Ibérica.
Natural de Grijó de Parada, André Seca, de 57 anos, é um dos responsáveis por naquela aldeia ainda se manter viva a tradição.
Lembrando-se desde garoto do ritual e tendo sempre brincado com os caretos, "apesar de serem figuras diabólicas, que metem medo", integra uma associação, que se formou em 2015, com meia dúzia de pessoas, com vista a revitalizar a festa, que "estava um pouco morta". E é mesmo isso que se tem feito nos últimos anos, dar vida ao ritual, não deixar que acabe por se perder, por um dia ser só uma lembrança. "Já chegámos a ser mais de 15 membros, mas na festa há mesmo muita gente a vestir-se de careto, até porque os emigrantes costumam vir de férias à aldeia e não deixam de se mascarar, porque muitos têm antepassados que foram ligados ao ritual", esclareceu.
Em Grijó de Parada, o ritual é celebrado na Festa de Santo Estêvão, dias 26 e 27 de Dezembro. Ali, os caretos, antigamente, "eram sempre homens mais velhos e eram só dois ou três". O ritual estava associado a uma determinada revolta. "As pessoas apoderavam-se da imagem do careto para resolver algumas situações que durante o ano não conseguiriam tratar, digamos. Era uma espécie de justiça que ali se fazia", contou, salientando que, "hoje em dia o ritual não é bem assim". Ainda que o careto continue a ter uma "grande liberdade", entrando em casa das pessoas sem pedir licença, fazendo traquinices, arrastando móveis, saltando pelas janelas e roubando fumeiro, "hoje quase se pede licença aos habitantes da aldeia para se fazer este tipo de coisas", estando guardado o "máximo respeito".
A tradição preservou-se, com distinção, e, hoje em dia, até as mulheres dela participam. "Cada vez somos menos, por isso, é bom que assim seja", explicou André Seca.
Além de ser um dos mentores da festa de Grijó de Parada, o careto também é responsável pela construção de máscaras. Quando se criou a associação, fatos havia e até havia quem os fizesse, mas máscaras não, nem por isso... então, André Seca arregaçou as mangas e tratou do assunto. Depois, como se costuma acontecer, a necessidade aprimorou a arte. "Queríamos manter as máscaras antigas e eu, com um bocado de jeito e paciência, comecei a fazê-las. Depois o bichinho foi-se desenvolvendo e tenho construído várias máscaras, com muitos materiais e inspirações", contou o artesão, herdeiro de gente que já sabia trabalhar o ferro e a lata, o pai.
No que às festas e rituais diz respeito, o que Bragança mais espera, um dia, são boas notícias da UNESCO, sendo que, em 2004, surgiu a ideia de uma candidatura ibérica dos mascarados a Património Imaterial da Humanidade, reconhecendo as tradições da zona de fronteira.
Esta ideia não teve desenvolvimentos até que, em 2017, foi recuperada pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial – Zasnet, entidade que junta municípios dos dois lados da fronteira.
Segundo as últimas informações, em finais de 2021, a Direcção Geral do Património Cultural já estaria a avaliar a candidatura, que diz respeito a mais de 30 rituais com máscaras de Trás-os-Montes, Salamanca e Zamora.
O barro de Pinela ainda se trabalha
A cerca de 30 quilómetros de Bragança, na aldeia de Pinela, ainda se dá vida a uma das maiores identidades do concelho, as cantarinhas.
Noutros tempos, a olaria foi uma grande fonte de rendimento, para alguns habitantes daquela aldeia, sendo que, hoje em dia, o barro já não tem a dinâmica que teve. Ainda assim, a importância da arte não se perdeu e, pelas mãos de Julieta Alves, dali natural e residente, ainda nos vão chegando algumas peças, como as pequenas cantarinhas, que deram fama à feira do começo de Maio, que decorre, anualmente, na cidade de Bragança.
Era das mãos das mulheres de Pinela que antigamente saiam peças de barro, não só as cantarinhas, como tudo que era utilitário, nomeadamente cântaros, alguidares, púcaros, tachos para a comida e, até mesmo, para o fumeiro.
Com 68 anos, Julieta Alves emigrou aos 17, para França, mas acabou por voltar a Portugal, primeiro a Bragança e depois à aldeia onde nasceu. Sem actividade profissional, necessitando de ter um entretém, decidiu aprender a arte de trabalhar o barro, até porque, quando regressou, já só havia uma mulher a fazê-lo em Pinela.
Em contacto com o barro desde pequena, sob pena da tradição se perder, Julieta Alves procurou uma formação para aprender, coisa que veio a acontecer em 1997, dois anos após ter vindo de França. Com a aprendizagem e o aperfeiçoar da técnica, agora trata a arte por tu. "Faço isto 100% genuíno. Vou buscar o barro à mina, seco-o e peneiro-o. O barro não tem plasticidade por isso têm que se amassar uns terrões, que se vão buscar aos lados de Izeda, onde sempre se foi", explicou a artesã sobre este "barro único, porque tem estanho, o que lhe confere brilho", sendo ele provindo das minas que ali há.
Julieta Alves continua a "fazer cantarinhas como antigamente", não as pintando. Só há duas diferenças: já não são cozidas no forno a lenha e também não são produzidas na roda de outros tempos, agora é mecanizada.
Além das cantarinhas, pedidas para baptizados, comunhões, casamentos e encontros, "pedem-nas para tudo, basicamente", a artesã também faz louça e figurado. Tendo começado a fazer caretos, Julieta Alves faz tudo que sirva para divulgar a região. Quanto ao barro da terra, hoje em dia só serve mesmo para fazer este tipo de artesanato, já que "é muito poroso", não sendo como o de antes, porque "quando as minas estavam a funcionar retirava-se de zonas mais profundas e tinha mais potência".
Neste momento, para infelicidade da artesã, "não há ninguém que queira aprender a arte". "Já tentei ensinar as meninas da aldeia mas não querem porque é um trabalho duro, pesado e sujo", vincou Julieta Alves, que diz que "com imaginação, era um trabalho que podia render muito porque as pessoas valorizam aquilo que é feito à mão".
Para já, este trabalho, que dá corpo às cantarinhas e que o deu a muitos outros objectos, não está comprometido. Quanto ao futuro, esse, como diz o povo, a Deus pertence.
Parque Natural de Montesinho: a joia da coroa
No concelho de Bragança situa-se o Parque Natural de Montesinho. Foi reconhecido como área protegida em 1979 e tem uma dimensão de cerca de 75 mil hectares, abrangendo parte não só de Bragança como de Vinhais.
O parque, sendo que "nenhuma outra área protegida expressa tão bem o contraste das estações do ano como Montesinho", segundo afirmou a National Geographic, em Dezembro 2004, é composto por 92 aldeias e por duas importantes serras, a de Montesinho, que lhe dá nome, e a da Coroa.
Dionísio Gonçalves foi o primeiro director do parque. O actual Presidente do Conselho Geral do IPB afirma que "foram estas condições agroecológicas e naturais" que deram origem à área protegida. "A área tem uma riqueza ecológica muito grande e considerou-se assim muito importante criar aqui um parque porque as populações conseguiram manter o equilíbrio entre as suas actividades e um ecossistema muito valioso".
Criando um instrumento que impulsionasse o homem a continuar a construir esta paisagem, não abandonando a região, Dionísio Gonçalves admite que, ainda que haja algum afastamento de algumas pessoas em relação ao parque, "continuamos a ter uma paisagem muito equilibrada" e, "graças a Deus, não há grandes atentados". Referindo que "há algumas melhorias", bastando ver houve expansão dos soutos de castanheiros, Dionísio Gonçalves disse entender que "desde que deixou de haver a figura de director do parque parece que alguns problemas se têm evidenciado". Ou seja, "o facto de não haver director do parque não foi positivo para a gestão fina, para resolução de problemas com bom senso, e pode ter contribuído para haver um afastamento gradual das populações em relação à equipa do parque".
O primeiro director do parque, que considera, ainda assim, que "o Homem continua a manter o puzzle tão querido e procurado", admite que "não há que temer que as pessoas degradem aquilo de que dependem".
Refira-se que esta área protegida, que, de facto, perdeu a figura de director do parque, tem agora um novo modelo de gestão, que prevê incentivar o estabelecimento de parcerias com as entidades presentes no território. A abordagem é de uma gestão participativa e colaborativa, em que diferentes entidades do território colocam ao serviço da área protegida o que de melhor têm para oferecer.
"Bragança sempre foi muito forte na área do comércio"
O concelho de Bragança tem "um comércio vasto", segundo o caracterizou a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança (ACISB), com "muitas empresas de pronto-a-vestir, sapatarias, floristas, lojas de malas, carteiras e de bijuteria, e, na área dos serviços, muitos cafés e restaurantes". Conforme Maria João Rodrigues, Bragança "sempre foi muito forte na área do comércio porque também nunca o foi na área da indústria". A responsável pela entidade admite ainda que esta aposta no comércio, por parte dos empresários, muito se deve também à "proximidade" com a vizinha Espanha. "Os espanhóis procuram muito o nosso comércio, gastronomia e serviços", esclareceu.
O comércio vive agora tempos mais conturbados, por causa da pandemia, mas já se avista uma luz ao fundo do túnel. Antes de 2020, as empresas estavam "estáveis", mas, depois, "a pandemia veio tirar o tapete à maior parte".
Durante os últimos dois anos, várias empresas fecharam. As que aguentaram "tinham fundo de maneio e liquidez", porque "muitas são familiares" e, por isso, "conseguiram sobreviver". Ainda assim, há algumas empresas com "muitas dificuldades". "O arranque de 2021 foi complicado, porque as ajudas do Estado deixaram de chegar às empresas e elas, se no ano de 2020 ainda tinham dinheiro para sobreviver, viram tudo complicar-se", esclareceu Maria João Rodrigues, que avança que, agora, com a guerra e a subida de preços, "está a ser um bocadinho mais difícil do que o que se previa".
Armando Rebelo é um dos comerciantes que não sucumbiu e cá está, a aguentar os "desastres" que se vêm somado no mundo. Tem uma loja aberta, desde 1968, na Rua Almirante Reis.
Com 54 anos de história, a loja, onde se vendem roupas, tecidos, meias e tudo aquilo que se pode encontrar numa retrosaria, mantêm-se de pé mas "a pandemia baralhou muito as coisas". "Cá estamos, os teimosos", esclareceu o comerciante, que diz que "o negócio ainda vai dando para aguentar o barco".
A trabalhar desde muito novo, sempre nesta área, Armando Rebelo admite ainda que "o negócio, antigamente, não se percebe bem se era melhor ou pior, mas agora está muito mau".
Apesar de tudo, segundo Maria João Rodrigues, a cidade "está a recuperar", prova disso foi a Feira das Cantarinhas, que aconteceu há um mês e movimento "muito dinheiro".
IPB destaca-se por atrair gente à terra
Um dos maiores motores de desenvolvimento de Bragança é o instituto politécnico. A instituição foi criada em 1983 e tem, neste momento, no total, 9500 alunos. Cerca de um terço são estrangeiros, um outro terço são alunos de outras partes do país, e, por fim, os restantes são da região e do distrito de Vila Real. "Há este efeito, trazer gente a Bragança, sendo que a este número acrescem os nossos professores e funcionários, uma comunidade que ronda as 800 pessoas", assinalou o presidente do IPB.
Orlando Rodrigues considera ainda que um segundo impacto passa pela qualificação de gente e pelo contributo na inovação das empresas. "Hoje, Bragança está a diferenciar-se com um sector empresarial assente em pessoas muito qualificadas", referiu, dizendo que, como "a qualificação das pessoas é um dos grandes impactos", agora a preocupação passa também por qualificar os activos, aqueles que já trabalham.
O presidente do IPB diz que, neste momento, a ampliação e requalificação de algumas estruturas é a maior "limitação" do politécnico. "Temos crescido muito, em termos de pessoas e de investigadores, e estamos, neste momento, com problemas de infraestruturas, porque elas estão superlotadas, já que, nos últimos tempos, não tem sido possível encontrar investimento para financiamento de obras", assumiu o presidente, que admite que o IPB está numa "situação próxima da ruptura em alguns aspectos". Por exemplo, a Escola Superior de Saúde "não tem instalações compatíveis com a sua dimensão". Esta, em termos de empreitada, é a maior necessidade, sendo que Orlando Rodrigues garante que já está a trabalhar no sentido de algo se fazer.
Respirar cultura
Bragança tem uma oferta cultural muito diversificada e tem vários edifícios ligados à arte e à preservação da memória.
O Museu Militar de Bragança, no castelo, pede visita caso queira conhecer um acervo de grande valor histórico, que inclui peças de armamento ligeiro do século XII até à Primeira Guerra Mundial.
Ainda dentro da cidadela, pode visitar-se também o Museu Ibérico da Máscara e do Traje, que honra as festividades de inverno.
O Museu do Abade de Baçal, na conhecida rua dos museus, fundado em 1915, conserva objectos de uso tradicional, bem como importantes colecções de arqueologia, ourivesaria e arte sacra.
A poucos metros está o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, numa homenagem à pintora de Vila Flor com o mesmo nome. O centro recebe obras e instalações de artistas de renome, nacionais e estrangeiros, além dos trabalhos que refletem as vivências da pintora.
No Centro de Fotografia Georges Dussaud, também na mesma rua que os últimos dois espaços, é um espaço dedicado à obra do fotógrafo francês que lhe dá nome e à fotografia em geral.
Mais recente é o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano, que preserva as vivências das comunidades judaicas que habitaram na região transmontana, complementado pelo Memorial e Centro de Documentação Bragança Sefardita.
Jornalista: Carina Alves