quarta-feira, 15 de junho de 2022

Apicultores antecipam quebras de produção acima dos 70% e pedem mais apoios

 Ajudas para o setor apícola passam pela gestão dos agricultores. FNAP quer que deixe de ser assim.

© Nuno Alegria/Global Imagens (arquivo)

Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) é ouvida esta terça-feira no Parlamento, na Comissão de Agricultura e Pescas. Os produtores de mel querem sensibilizar a ministra da Agricultura para a necessidade de receber ajudas diretas para a polinização e pedem 50 euros por colmeia.

Em declarações à TSF, o presidente FNAP, Manuel Gonçalves, afirma que os apoios que já existem não estão a ser atribuídos diretamente a quem deve fazer a sua gestão.

"Achamos que a ajuda à polinização deve ser dada ao apicultor. O agricultor contrata o apicultor e este cede diretamente a ajuda. Agora, o agricultor receber a ajuda e negociar com o apicultor essa ajuda para ele fazer a polinização das suas culturas achamos que não é correto."

"É chamar incompetente ao próprio apicultor, por não ter competência para gerir ele o negócio", reforça o responsável.

Para o presidente FNAP, não é possível praticar uma apicultura extensiva, como a que se faz em Portugal, sem apoios. Além disso, num ano com temperaturas irregulares, os produtores de mel antecipam quebras de produção acima dos 70%.

À exceção do Alentejo e do Algarve, a grande maioria do país vai produzir este ano muito menos mel do que os habituais 18 quilos.

Por Fátima Valente com Carolina Rico

Sem comentários:

Enviar um comentário