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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Estatutos da Associação Protetora dos Pobres de Bragança,1922

 No âmbito do Dia Internacional dos Arquivos a 09 de junho, o Arquivo Distrital de Bragança destaca do seu espólio, um documento do fundo do Governo Civil “Estatutos da Associação Protetora dos Pobres de Bragança”, também designada de “Sopa dos Pobres” do ano de 1922”, tendo como objetivo promover consciencialização sobre a importância da solidariedade e incentivar e concretizar novas ações de erradicação da pobreza num mundo, em constante mutação e múltiplos desafios que emergem de uma globalização de grande intensidade.


Assim, a denominada Associação “Sopa dos Pobres”, sediada na freguesia e concelho de Bragança, tem na sua génese uma natureza social e recreativa. A data da sua constituição foi a 08 de maio de 1922, tendo como pilares basilares: “socorrer, beneficiar, auxiliar e assistir todas as criaturas desprotegidas da sorte, que por invalidez velhice e lesões físicas…promover récitas, saraus, festas etc.

Nestes estatutos, está patente a beneficência no seu esplendor, evidenciando que a ação piedosa fez o possível para que o mundo da pobreza fosse evadido, diferenciado, classificado e fixado num espaço preciso. Sob a ação da falsa caridade jaz um ego egoísta e manipulador, onde a doação tem por última finalidade beneficiar o próprio doador, mesmo que num primeiro momento não possa parecer, porém a maioria dos atos de doação estão sim contaminados com o nosso ego, com os nossos interesses pessoais, nem que seja o interesse mais oculto e subtil de disputar o reino dos céus, ou mesmo a intenção de querer e parecer ser bom aos olhos alheios. A verdadeira caridade é pura e nascida na vontade, no amor e na inteligência… Que este documento com os seus inerentes estatutos pela qual a Associação se regeu, nos façam refletir sobre a direção que temos que tomar e a verdadeira luz face ao nosso semelhante, o outro que é o Eu no espelho da Vida. Que o amor seja o sentimento que deve sustentar todas as ações de caridade, não podendo deixa-lo substituir pela emoção, a consciência de que tudo é justo, porém tudo também é mutável, fazendo da caridade um movimento com poder de realizar a alquimia de todos àqueles envolvidos na ação humana.

Eis a lição que emana dos templos da memória, os Arquivos, preservam, conservam o património coletivo para construir o futuro a partir do passado sempre presente e renovado num futuro vigente e consciente.

PT/AC/GCBGC/001/00004 (cx 198)







Fonte: Arquivo Distrital de Bragança

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