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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Problemática barragem obriga a acionar reserva estratégica no Vale da Vilariça

 A problemática barragem da Burga no Vale da Vilariça tem uma fuga que obrigou a recorrer, em ano de seca, à reserva estratégia de água do regadio daquela que é das férteis zonas agrícolas do Nordeste Transmontano.


Há vários anos que os agricultores reclamam o aumento da capacidade da barragem que rega o chamado bloco da Burga e este ano, com menos água devido à seca, apresenta um problema acrescido que impede as descargas em pleno para a conduta de rega.

A solução foi acionar a barragem do Salgueiro, uma reserva de água estratégica, que está a ser a salvação neste ano de seca, em que a falta de chuva obrigou a recorrer ao regadio mais cedo, como disse à Lusa o presidente da Associação de Regantes do Vale da Vilariça, Fernando Brás.

A barragem do Salgueiro funciona através de uma estação elevatória com custos e energia, mas, para o presidente da associação, “o que é caro é não ter água” num vale com pomares, fruteiras, vinhas, olivais e hortícolas, que precisam da rega.

O regadio do Vale da Vilariça, que se estende pelos concelhos de Vila Flor, Torre de Moncorvo e Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, é compostos por três blocos, servidos pelas barragens da Burga, Santa Justa e Ribeiro Grande e Arco.

A da Burga é a que se tem revelado mais problemática e este ano, além do armazenamento abaixo do expectável, tem o problema de, quando a água descarrega com mais pressão para a conduta de rega, também vai para a descarga de fundo.

Acresce que a comporta da descarga de fundo, que deita a água para a ribeira, tem uma fuga, como explicou Fernando Brás.

A solução, entretanto, encontrada pela associação de regantes foi seccionar a meio o perímetro, com a Burga a regar a montante e a barragem do Salgueiro a garantir água a jusante.

Ao regar uma área menor, como explicou, a pressão da água não é tanta e evita-se o desperdício da fuga detetada.

Há cerca de “um mês e meio” que a Vilariça está a recorrer à reserva estratégica do Salgueiro, que simultaneamente está também “a ajudar a barragem de Santa Justa, pois este ano também tem “algum défice de água e não daria para satisfazer as necessidades de toda a campanha”.

O problema de fundo é o facto da Burga não armazenar água suficiente para o perímetro que está a servir, salientou o presidente da associação, reclamando que seja lançado “rapidamente” o projeto de execução do alteamento da barragem, que, há mais de um ano, tem um financiamento de 9,3 milhões de euros assegurado para ser executado pelas Câmaras de Vila Flor e Alfândega da Fé.

“O que é lamentável é que estes processos não avancem, cada mês que se perde pode ser mais um ano perdido”, afirmou.

O alteamento irá aumentar a capacidade de armazenamento atualmente de um milhão e meio de metros cúbicos e que devia ser “de mais de dois milhões” para o perímetro que tem que regar, segundo o dirigente.

Além do alteamento da barragem da Burga estão ainda aprovados investimentos para uma nova barragem na ribeira do Cerejal e para a ampliação da área regavel da barragem de Santa Justa, que totalizam 11 milhões e euros.

O regadio do Vale da Vilariça tem cerca de 800 beneficiários com culturas nos mais de 2.400 hectares já existentes.

O plano que deu origem às barragens existentes começou a ser pensado na década de 1960 pelo chamado “pai” da agricultura transmontana, Camilo Mendonça, que projetou o complexo agroindustrial do Cachão e a maioria das infraestruturas que servem o setor.

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