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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

QUANDO SE COLOCA " TRANCAS" À PORTA... NOS HOSPITAIS PARTICULARES

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

A primeira vez que entrei num estabelecimento hospitalar, era adolescente, mal despontava a barba.
Minha mãe acabara de ser trepanada por causa de um meningioma. Operação, na época, considerada bastante perigosa e só realizada na Capital.
Meu pai ausentou-se para falar com o cirurgião – especialista de grande gabarito.
Subitamente entrou no quarto Senhora muito elegante, muito gentil, com braçado de rosas encarnadas.
Estranhei a visita inesperada, mas rapidamente se desfez o receio:
- Sou Graciette Branco!...
Já tinha ouvido falar da escritora, que ficou conhecida, como a Menina do Pim Pam Pum (suplemento juvenil de "O Século".)
Visitei depois vários amigos enfermos, em hospitais, mas nunca fui interceptado para conhecerem quem era e o que andava a fazer nos corredores!...
Eu próprio, após ligeira operação, fui obrigado a permanecer acamado.
A cada passo era surpreendido por amigos, que por sua vez se admiravam de não terem sido identificados à entrada.
Certa ocasião dirigi-me a hospital particular. Na portaria informaram-me do número do quarto. Penetrei no edifício. Percorri desertos corredores; galguei escadarias; passei por portas semicerradas, e não consegui atinar com o quarto.
Por fim deparei com enfermeira, que gentilmente indicou-me onde ficava, e o caminho correcto.
Estranhei e estranho, que as portas hospitalares estejam escancaradas, acessíveis a qualquer um.
Por que será? - Não sei se ainda é assim, – que não se pede identificação à entrada, e não se telefona para o quarto a perguntar, se o doente quer receber a visita.
Será difícil e trabalhoso esse cuidado?

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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