segunda-feira, 29 de agosto de 2022

ASAS EMPRESTADAS

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

De asas emprestadas
Subo ao infinito e,
Faço uma serenata á lua.
Com voz nostálgica 
Arrepios na pele
Pontapeio o horizonte 
E de repente…
A minha alma, vai beijar a tua!
Um suspiro rasga o coração
Um sorriso desaba
Uma dor descose-se no peito,
E os sonhos sem sentido,
Sem forma, e sem jeito
Criam um palco de ilusão!
A saudade a regar jardins
Um jeito doce, 
Um cheiro intenso, 
Pétalas virgens
 e o desflorar de açucenas e jasmins! 
As cicatrizes da pele,
adentram-se na alma.
A saudade fermenta.
na cama sem dormir,
De olhos abertos
Espero um sonho,
Que nas asas de um anjo
Me deixe cair,
Me deixe sonhar,
Para poder sentir!
O calor nas entranhas
As coisas estranhas,
O amor que não vem, 
A vida a cruzar-se 
Suspiros tamanhos, 
O tempo a evaporar-se 
A vida a esfumar-se
no desejo que tem!.
Cavalo que trota,
Num mundo desconhecido
Sem dona nem esporas
Galopa, galopa…
No mundo perdido.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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