Desta quantia, a Macedo de Cavaleiros foram atribuídos 150 mil euros, que vão ser investidos na aquisição de camiões-cisterna, referiu o presidente do município, Benjamim Rodrigues:
“Em princípio vamos adquirir dois, já usados, e vamos avançar imediatamente na contratação.
Estes veículos já faziam falta e já desde o ano passado que pensávamos em adquiri-los. Havendo agora este apoio, e atendendo ao ano de seca extrema, com todos os prejuízos para a agricultura e com a perda de financiamento do Estado que tiveram as autarquias, é justo que, pelo menos, haja este tipo de apoio.
Numa situação de emergência, como um incêndio, por exemplo, também disponibilizaremos estes veículos.”
Dada a situação de seca, o presidente avançou que vão continuar a tentar diminuir as perdas e, além disso, pedir uma maior poupança na água disponibilizada para rega:
“O maior investimento que vamos continuar a fazer é na rede de abastecimento, com a modernização das condutas, que estão obsoletas e muito degradadas, há muitas perdas de água e temos de começar pela poupança.
Vamos também tentar, através da associação de regantes, que não haja, durante o período de rega, tanto gasto de água como tem havido, relativamente à barragem. Sabemos que a associação está a permitir a utilização de água para regar lameiros, o que acaba por ser um dos fatores da descida do nível da água na albufeira.
Temos de começar a pensar seriamente nestes desperdícios.”
Quanto à agricultura, muito prejudicada com a falta de água, Benjamim Rodrigues diz que a solução passaria pela criação de charcas, falta negociar com o Governo:
“Uma das medidas prováveis, para a qual alertámos e com a qual gostaríamos de avançar, é a implementação de charcas para retenção de água, que servirão não só para a agricultura, mas também para a pecuária e para a questão dos incêndios.
Falta que haja, por parte do Governo, disponibilidade de verbas. Há um plano de regadio, nós temos o nosso feito, as nossas barragens estão sinalizadas, no entanto, estas charcas terão de ser considerada e negociadas com a parte governamental.”
Os municípios transmontanos foram os primeiros a receber esta ajuda do Fundo Ambiental e o objetivo é contribuir para a reabilitação de sistemas autónomos de abastecimento de água. Pode ser alargada a outros concelhos, se for necessário.
Os protocolos foram assinados esta manhã em Carrazeda de Ansiães, na presença do Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino.
Sem comentários:
Enviar um comentário