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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Projeto Sentinelas apresentou 10 denúncias devido a utilização de venenos contra aves

 A Palombar, através do projeto Sentinelas que tem por objetivo salvaguardar os grifos 'Gyps fulvus', apresentou uma dezena de denúncias à GNR sobre a utilização ilegal de venenos em espécies da avifauna que estão a ser investigadas.


“O projeto Sentinelas tem sido fundamental para as ameaças à avifauna silvestre. Desde o início do projeto em 2019 já fizemos 10 denúncias ao SEPNA-GNR devido à perseguição ilegal e envenenamento de espécies rupícolas como grifo e que estão a ser investigados pelo Ministério Público”, disse hoje à Lusa o biólogo da Palombar, João Santos.


A informação foi divulgada depois da devolução ao seu habitat de um grifo e de um milhafre-real 'Milvus milvus' no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) no concelho de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, que foram recuperados no Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

As aves foram equipadas com emissor GPS e receberão anilhas de PVC e metálicas, de forma a permitir a sua monitorização futura.

“Até hoje já foram marcados 22 grifos e o primeiro milhafre real com sistema GPS para seguir o movimento destas aves após terem sido devolvidas ao seu meio natural para melhor perceber o dia desta espécie, os seus movimento e disponibilidade de alimento no campo”, concretizou o especialista em avifauna.

O projeto Sentinelas da Palombar foi criado em 2019, com a aprovação pelo Fundo Ambiental – Ministério do Ambiente e da Transição Energética, com o objetivo de acompanhar e marcar o seguimento de grifos 'Gyps fulvus', como ferramenta de combate ao uso ilegal de venenos em Portugal", tendo sido desenvolvido em parceria com a Universidade de Oviedo.

Em setembro de 2020, a mesma entidade financiadora aprovou outro projeto da organização, com aquele mesmo parceiro, denominado "Avaliação da Vulnerabilidade da Fauna Silvestre ao Uso Ilegal de Venenos e Reforço da Rede de Sentinelas contra o furtivismo", o qual veio reforçar e integrar o projeto Sentinelas para criar uma Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre.

“A maior parte dos grifos são capturados e marcados no terreno e numa parceria com Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro perceber como estes indivíduos reabilitados, ao serem novamente integrados no meio natural como é que vão reagir e adaptar-se”, frisou João Santos.

Por seu lado, Luís Sousa, médico veterinário do Centro de Recuperação de Animais Selvagens, explicou que estas duas aves têm histórias completamente distintas em comum o facto de serem libertadas em simultâneo no PNDI.

“O grifo foi encontrado na área do PNDI com várias lesões nos membros e coluna vertebral em setembro de 2019, e ao longo deste tempo foram feitos exames de diagnóstico e tratamento, onde foi edificada uma grave lesão que foi tratada nos últimos três anos e agora devolvido à natureza”, disse o veterinário.

De acordo com Luís Sousa, o milhafre-real foi resgatado de um poço em Macedo de Cavaleiros porque alguém o viu e alertou o SPENA-GNR e foi recuperado em três semanas.

O projeto Sentinelas é ainda complementado para avaliar outras ameaças para as aves necrófagas, como a mortalidade em linhas elétricas ou parque eólicos e obter informação sobre a disponibilidade de alimento no campo para esta espécie, sobretudo cadáveres de outros animais e evitar riscos de saúde pública  

Além disto, poderá ser obtida informação adicional sobre potenciais “conflitos” entre as atividades humanas tradicionais, como a caça ou pecuária e predadores de nas zonas de implantação do projeto.

Francisco Pinto (texto e fotos), da agência Lusa

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