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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

FAVORITAS 6

 Dizem alguns que o ano, que teve durante milhões de milénios quatro estações bem distintas, está agora reduzido a duas: Verão e Inverno. Assim parece de facto, pela rapidez com que passamos do calor ao frio e do frio ao calor, sem o bálsamo de uns dias moderados de permeio, para a habituação.


Há muito de verdade nisso. É um facto que todos temos observado e sofrido. Mas que é sobretudo verdadeiro a nível climático. Porque a nível de paisagem, continua a haver, felizmente, as quatro estações, sendo que, em minha opinião, as que faltam no clima, a Primavera e o Outono, são justamente as mais belas por esses campos fora. Senão veja-se essa fotografia que é um autêntico hino à Primavera. É uma das inquilinas da minhas pasta das favoritas, com toda a justiça. Pode alguém ficar indiferente perante um quadro destes? Há razões para não se gostar dele, mas não decerto por razões estéticas. É que as giestas amarelas, que também se chamam maias, são uma planta tremendamente infestante, que tende a ocupar todo o espaço, numa espécie de monopolização do solo.

Sabendo disso, o nosso coração balança entre gostar das maias e abominá-las. Mas, se temos costela de amantes do belo, é muito grande a tentação de gostar, apesar do prejuízo que causam à lavoura. Esta escolha difícil entre gostar e abominar está condensada numa frase feita que se aplica em situações que tais: “Perdoo-lhe o mal que me faz pelo bem que me sabe.” É uma desculpa como qualquer outra desculpa... de mau pagador.

Este morro disputado pelo amarelo e o verde, que lembra uma dalmática bicolor, merece bem uma visita na Primavera, tanto mais que é vizinho, calhau com calhau, de outro morro que é um dos meus lugares de culto. Querem saber que lugar é esse? Está bem, eu digo. É o castelo de Algoso.

A. M. Pires Cabral

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