Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Sou mendiga de afectos,
E, há uma voz que me chama
Nas paredes de casa,
Nos becos mais escuros
Nas esquinas dos tectos!
E…
Eu quero ir…
Sem hora marcada,
Sem notícia anunciada
Ser ausência,
Irreverência,
Desta vida condenada!
A saudade, bate à porta,
Eu não sei se abro,
Já não sei se abri
Se corro a fechar
As bocas sarcásticas
Que correm por aí.
Vou,
Ser apenas nuvem,
Ser mar e ser sal.
Essência
Perfume
lareira apagada,
Lágrima salgada,
e nos olhos fechados
Ser feixe de lume!
Vou…
Sem dor nem queixume
Ser terra perfumada,
Signa consumada
Palavra jogada
Sem dor nem ciúme.
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