Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Hemodiálise em Mirandela e Mogadouro pode estar comprometida devido a dívida de milhões à Tecsam

 Pode estar comprometido o serviço de hemodiálise a mais de duas centenas de doentes com insuficiência renal que nas últimas duas décadas tem vindo a ser assegurado em Trás-os-Montes por três centros renais privados – em Mirandela, Mogadouro e Vila Real - com quem o Estado tem a prestação do serviço convencionado


A administração da TECSAM, empresa que presta serviços de hemodiálise a mais de 230 doentes com insuficiência renal de Trás-os-Montes e Alto Douro, contratualizados pelo Serviço Nacional de Saúde, está a atravessar uma grave crise financeira, resultante de uma dívida de quatro milhões de euros por parte de entidades estatais, que pode colocar em causa o serviço que presta nos três centros renais da região: Mirandela, Mogadouro e Vila Real.

O diretor executivo da TECSAM conta que só a Unidade Local de Saúde do Nordeste já deve cerca de três milhões de euros. “A dívida está largamente vencida, já que o último mês que foi pago foi o de novembro de 2021, quando o protocolo estabelecido prevê um pagamento a três meses”, adianta Jorge Cruz, acrescentando que também a Administração Regional de Saúde do Norte, com 800 mil euros e a ULS da Guarda com 300 mil euros, são as outras duas entidades com dívidas.

Aquele responsável confessa que pode estar em causa o serviço de hemodiálise. “Os fornecedores já nos fizeram o ultimato que não vão continuar a fornecer se a situação se mantiver”, adianta. Revela ainda que têm sido feitos contactos constantes com o propósito de perceber datas de pagamento ou previsões de pagamento, e não conseguiram obter resposta. O mesmo acontece com o Ministério da Saúde.

Esta situação tem vindo a arrastar-se desde 2011, mas “agudizou-se nos últimos dois anos”, refere, não escondendo que a situação é “desesperante”, admitindo mesmo que a TECSAM não tenha dinheiro para pagar os salários deste mês aos cerca de 150 funcionários. “Dentro de dois dias não temos dinheiro para pagar os impostos, ou seja, o Estado não cumpre para connosco, mas nós temos de cumprir, caso contrário no dia seguinte já estão a cair juros e coimas e neste momento não temos dinheiro sequer para vencimentos dos colaboradores”, lamenta.

O diretor executivo garante que estão “num beco sem saída”, lembrando que, no ano passado, a administração “entendeu injetar liquidez própria na empresa, agora já o fez novamente até ao limite da sua capacidade financeira, e não temos alternativa. Ou recebemos os valores que nos são devidos, ou não vamos conseguir manter o serviço”.

Jorge Cruz lamenta ainda que o Estado esteja a pagar devidamente a todas as unidades de hemodiálise da zona da Grande Lisboa, “o que nos entristece ainda mais porque sendo a TECSAM uma instituição que está no Interior Norte e ouvindo-se falar tanto em combater a desertificação e criando-se o ministério da coesão territorial para a combater, somos sempre prejudicados relativamente ao Litoral”.

Escrito por Terra Quente (CIR)

Sem comentários:

Enviar um comentário