sábado, 1 de outubro de 2022

Marianos querem transformar Balsamão num local turístico único em Trás-os-Montes

 A congregação responsável pelo Convento de Balsamão anunciou hoje que tem um projeto de 17 milhões de euros para transformar o emblemático espaço religioso transmontano num atrativo turístico com múltiplas ofertas, único na região.


A componente religiosa do convento, que data do século XIII, mantém-se e continuará a ser local de retiro espiritual, mas com uma oferta mais vasta tirando proveito dos 150 hectares do monte de Balsamão, no concelho de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança.

O projeto foi apresentado hoje, nas Jornadas de Balsamão e tem a ambição de um investimento de 17 milhões de euros para criar um hotel quatro estrelas, com 69 quartos, recuperar as termas encerradas há mais de 20 anos, fazer trilhos para atividades na Natureza, um multiúsos para eventos, plantar pomares, pecuária e recuperar atividade tradicionais como a melaria, com uma GuestHouse na zona da Abelheira.

“Luz, Água e Silêncio” são os símbolos em que assenta o conceito, segundo o padre Eduardo Novo, responsável pelo Convento, que quer que este seja “um projeto âncora, de desenvolvimento” para a congregação e para a região.

A previsão é que seja criado 80 postos de trabalho diretos e 200 indiretos e que seja criada uma dinâmica em toda a zona envolvente.

“Este projeto não é um hotel, não são umas termas, não é uma plantação agrícola, não é um espaço com trilhos sensoriais, não é um museu, não é uma biblioteca é tudo isto conjugado”, enfatizou.

Previsto está também um espaço para o diálogo ecuménico e inter-religioso, num jardim das oliveiras, destinado a esse fim, assim como um conjunto de cerca de 30 atividades de animação turística.

A congregação está a elaborar diversas candidaturas a fundos comunitários para concretizar o projeto, algumas das quais “já estão aprovadas para a limpeza da floresta, no âmbito agrícola e da transformação de produtos”, segundo o responsável.

Eduardo Novo espera também o envolvimento de toda a comunidade e o apoio da congregação que está presente em 20 países.

“Não é um projeto para massas”, ressalvou, embora esteja previsto que venha a ter capacidade para acolher 200 pessoas, em simultâneo,

Com o projeto foi também apresentada a marca que acompanha esta nova fase, concretizada na letra ´B` de Balsamão.

A ideia é “colocar Balsamão nos mercados turísticos internacionais”, como vincou Marco Rebelo, da coordenação do projeto, indicando que “há mais de 50 pequenas áreas de negócio neste projeto”.

A perspetiva é fazer a inauguração de tudo que está projetado no verão de 2025, se o financiamento dos 17 milhões correr como pretendido.

Segundo disse, do valor global, o promotor assegura 5,5 milhões de euros e o restante será repartido “entre fundos perdidos e empréstimos sem juros”.

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