segunda-feira, 20 de março de 2023

Fotografia de Caretos de Grijó de Parada vence concurso “De Montesinho ao Douro”

 Fundação Caixa Fundação Caixa de Crédito Agrícola Alto Douro atribuiu 5 mil, euros em prémios às três melhores fotografias apresentadas ao concurso “De Montesinho ao Douro: Gentes e Paisagens”.

1º prémio foi atribuído a Paulo Nunes

A valorização do património humano, cultural e paisagístico do território, foi o objetivo do concurso de fotografia “De Montesinho ao Douro: Gentes e Paisagens”, lançado pela Fundação Caixa de Crédito Agrícola (CA) do Alto Douro, que abrange oito concelhos: Vinhais, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela (distrito de Bragança), Alijó, Murça, Sabrosa e Valpaços (distrito de Vila Real).

O concurso foi lançado em finais de 2022, tendo sido submetidas mais de 50 fotografias, de fotógrafos, sobretudo, amadores, de todo o país.

O primeiro prémio foi atribuído a Paulo Nunes, residente em Lisboa, com família em Guadramil, Bragança, visitante frequente de Trás-os-Montes e grande admirador das festas e tradições locais. Foi uma fotografia dos caretos de Grijó de Parada, com o título “Luz de Natal”, que lhe valeu o prémio monetário no valor de 2 500€. “É uma fotografia das Festas de Santo Estevão, tirada numa adega com dois caretos e os mordomos da festa”, refere, acrescentando que o território é excelente para a fotografia, não apenas pela paisagem natural, mas também “pela sua genuinidade e tradições”.

Fábio Cunha, com uma fotografia que intitulou “Paisagem Sombra”, retrata o abraço de duas mulheres idosas, vestidas de negro, e ganhou o 2º prémio, no valor de 1 500 €.

José Alexandre, com 24 anos, vive em Famalicão, mas vem muitas vezes a Bragança por ter um amigo a estudar no Instituto Politécnico de Bragança. No entanto, a foto com que ganhou o 3º lugar no concurso, e lhe valeu um prémio no valor de 1 000€, foi captada a partir do miradouro do Ujo, em Alijó, revelando o “misterioso Vale do Tua”. “Estava algum nevoeiro o que deu ali um misticismo diferente”, refere o autor, que deu a fotografia o nome de “Vale Sibilino”.

A escolha não foi fácil, pela quantidade, diversidade e qualidade dos trabalhos apresentados. Egídio Santos, fotografo profissional e porta-voz do júri, sublinhou a dificuldade de escolher as melhores, entre “mais de 50 fotografias, com temáticas muito distintas”, talvez por isso foram atribuídas três menções honrosas, sem prémio monetário, mas com mérito reconhecido, às fotografias apresentadas por José Amaral, Luís Ribeiro e Ricardo Ramos.

Cândida Braz, presidente da Fundação Caixa CA Alto Douro, manifestou a sua satisfação pela expressiva participação, nesta que foi a primeira edição e revelou uma enorme vontade de manter este concurso. “Para além do apoio social, consideramos importante contribuir para a valorização cultural. Tudo o que seja promover a interior, a sua gente, a paisagem natural e a etnografia nos interessa”, refere, admitindo que as fotografias deste concurso poderão ser alvo de mais alguma ação. “Ainda não decidimos o que fazer, para já vamos fazer a impressão e depois pensar, eventualmente, numa exposição ou num livro, mas precisamos de ajuda de fotógrafos profissionais para podemos avançar”, disse.

Paulo Martins, presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola do Alto Douro, sublinhou a importância de transmitir “amor em qualquer forma de expressão artística”. E é esse “amor” e admiração pela gente e pelo território que se pode sentir nas fotografias, que nos mostram “De Montesinho ao Douro: Gentes e Paisagens”.

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